Uma mobilização de alunos, professores e técnicos da Universidade Estadual de Maringá (UEM) realizada ontem, em frente à reitoria da instituição, não foi suficiente para garantir o retorno do voto paritário nas eleições para reitor.
O assunto foi votado à tarde pelo Conselho Universitário, por causa de um pedido de reconsideração do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), mas os dois terços – ou 36 votos – necessários à aprovação não foram alcançados.
Na votação, 29 conselheiros – sete a menos que o necessário – manifestaram-se pelo retorno da paridade. “Fomos vencidos nessa batalha, mas a guerra vai continuar”, diz o presidente do Sinteemar, Eder Rossato.
Segundo ele, a entidade pretende continuar brigando pela paridade de votos nos âmbitos político e jurídico. “Pretendemos entrar com uma ação no Superior Tribunal de Justiça.”
De acordo com Rossato, a UEM é a única universidade estadual do Paraná em que os votos não são paritários. Assim, os votos de 1,1 mil professores têm um peso de 70%, enquanto os 2,5 mil técnico-administrativos e 22 mil alunos valem 15% cada. “Isso não é democracia. Se todos alunos e técnicos votarem em um candidato, e 852 professores votarem em outro, são estes votos os que prevalecem.”