Uma nova mobilização nacional foi realizada ontem para estimular a população a tomar a vacina contra a rubéola. A meta em todo o Brasil é imunizar 70 milhões de pessoas – 35,3 milhões de mulheres e 34,7 milhões de homens. Até agora, segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 37 milhões de brasileiros foram vacinados.
Além do reforço da campanha em todos os municípios brasileiros, um grande mutirão foi feito nos 15 mil quilômetros de fronteira do Brasil com dez países (Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Suriname, Guiana e Guiana Francesa), onde residem mais de três milhões de pessoas.
Em Foz do Iguaçu, representantes dos ministérios da Saúde do Brasil, da Argentina e do Paraguai promoveram uma carreata. A ação fez parte da mobilização articulada pela Organização Pan-americana de Saúde (Opas) para vacinar nas áreas de fronteiras. A meta é eliminar a rubéola e a síndrome da rubéola congênita até 2010. Em Curitiba, a vacina foi ofertada em 157 locais, como unidades de saúde, shoppings, supermercados e terminais de ônibus.
O casal Zélia e David Rocha aproveitou para se vacinar a caminho das compras. “A gente já tinha se programado para tomar a vacina hoje. Achamos que é importante para evitar a rubéola”, disse Zélia. O torneiro mecânico Luiz Eduardo Amaro foi logo cedo ao posto de vacinação porque não quis ficar de fora da campanha.
“Não lembro se fui vacinado quando era pequeno e por isso acho importante evitar agora”, falou. Hoje, além da dose contra a rubéola, a Secretaria de Saúde de Curitiba estará disponibilizando também a vacina contra sarampo. Os pontos de vacinação serão montados na feirinha do Largo da Ordem e no estádio do Atlético.
A campanha contra a rubéola segue até dia 12 de setembro. Devem se vacinar todas as pessoas entre 20 e 39 anos, mesmo os que já tiveram a doença ou foram imunizados em outras campanhas. Os homens são os principais alvos da imunização, pois 70% dos casos da doença ocorreram em pessoas do sexo masculino. Em 2007 foram registrados 8.684 casos de rubéola no Brasil, e mais de 800 foram registrados neste ano.
O reforço da vacinação no sexo masculino é necessário para bloquear a circulação do vírus, uma vez que os homens contaminados acabam transmitindo a doença a suas parceiras. Em mulheres grávidas, a rubéola pode causar malformação congênita no feto, provocando cegueira, surdez, retardo mental ou problemas cardíacos no bebê.
