A emoção tomou conta das pessoas que participaram ontem, do manifesto que lembrou os dois anos da morte da pequena Rachel Maria Lobo de Oliveira Genofre, de nove anos.
O caso, que obteve repercussão nacional, aconteceu no dia 03 de novembro de 2008. A menina deixou a escola onde estudava, no Centro de Curitiba, em direção à Praça Rui Barbosa e nunca mais foi vista. O seu corpo foi encontrado na Rodoferroviária na noite seguinte, dentro de uma mala.
Visivelmente abalada, a mãe de Rachel, Maria Cristina de Oliveira, diz que é muito dolorido chegar em casa e não ter a companhia de sua filha. “É muito triste para uma mãe não ter o filho junto da gente. A Rachel faz muita falta”.
Maria Cristina diz que tem fé de que o responsável pelo assassinato da filha será encontrado e punido. “Tenho esperança de que essa pessoa será presa. Mesmo passando dois anos sem que alguém seja responsabilizado, eu acredito no trabalho da polícia”, garante.
A organizadora do evento e coordenadora nacional da União Brasileira de Mulheres no Paraná (UBM-PR), Elza Campos, destaca que a violência contra mulheres e meninas é constante.
“Viemos a público expressar a nossa revolta e tristeza com o que aconteceu à Rachel. Queremos conscientizar a população para que denunciem toda e qualquer violência”.
O pai de Rachel, Michael Genofre, avalia esta manifestação como uma forma da sociedade lembrar que ainda existe impunidade. “Já faz dois anos da morte da minha filha e até agora poucas coisas foram feitas. O trajeto que ela fazia da escola para o ponto de ônibus continua do mesmo jeito. É preciso que nossos governantes deem mais atenção para essa questão de segurança”, comenta. “Não podemos permitir que outra barbárie como a que aconteceu com a minha filha se repita. Ainda há um assassino solto por aí”, opina.