Ministro da Saúde garante auxílio contra dengue ao Paraná

O Paraná é o estado do Sul do País que mais necessita de atenção do Ministério da Saúde no combate e controle da dengue. Este ano, o Estado lidera o ranking de notificações da região com 1.453 casos nos primeiros meses do ano. O número indica um aumento de 128,4% em relação ao mesmo período do ano passado, quando houve 636 ocorrências de dengue. A região mais atingida é a de Londrina, com 1.796 casos. As cidades de Cambé (382), Foz do Iguaçu (373) e Assis Chateaubriand (283) também preocupam as autoridades sanitárias.

“Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul a situação está sob controle. Temos que auxiliar o Estado e as prefeituras paranaenses agora”, disse o ministro da Saúde, Humberto Costa, que ontem esteve em Curitiba para analisar a situação local da dengue como parte da avaliação nacional, que está sendo feita pelo ministério em todos os estados. No encontro de ontem, com o secretário de Estado de Saúde, Cláudio Xavier, e com o prefeito de Curitiba, Cássio Taniguchi, Humberto lembrou que o ministério está atento à situação paranaense e disse que deve visitar Londrina no próximo mês. “É uma visita de apoio. O trabalho lá está sendo bem feito, mas estamos prontos para garantir auxílios em equipamentos, pessoal e mesmo financeiro”, explicou.

Apesar do aumento no número de casos, o secretário da Saúde, Cláudio Xavier, acredita que a situação poderia ser ainda pior. “Todos os esforços estão sendo feitos. Já conseguimos estabilizar a situação em Londrina, onde o quadro é mais grave.”

Vacina

O diretor-geral do Centro Nacional de Epidemiologia, Jarbas Barbosa, adiantou que o País vai passar a testar vacinas para a dengue. O projeto está sendo desenvolvido em parceria com órgãos de pesquisa do governo norte-americano e com laboratórios parceiros. “São vacinas que já estão em teste na Ásia e virão para cá”, afirmou. A previsão de Jarbas é que, no máximo em cinco anos, o Brasil tenha uma vacina pronta para ser usada.

A região Sul é a última etapa da viagem da equipe do Ministério da Saúde. Segundo Barbosa, apesar da redução de casos em relação ao mesmo período do ano passado -521 mil casos contra 79 mil -, o Brasil vai ter que aprender a lidar com a dengue. “Vai ser um problema eterno. Em todo mundo, o mosquito tem se mostrado mais resistente”.

País segue orientações da OMS

O Brasil está seguindo todas as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) na prevenção à pneumonia asiática. Segundo o ministro Humberto Costa, o trabalho está sendo feito nos aeroportos e portos em duas frentes. “Os pilotos e comandantes estão orientados a identificar passageiros com sintomas da doença e informar as autoridades. Temos equipes da Vigilância Sanitária prontas para fazer toda verificação e, se for o caso, encaminhar os turistas aos hospitais equipados. Além disso, tem o trabalho de conscientização feito com banners e panfletos”, explicou.

Até agora houve suspeita de 13 casos no Brasil, dos quais 11 foram descartados inicialmente e dois exigiram maiores cuidados. “A jornalista inglesa e uma menina de Sorocaba que havia viajado para a China. Ambos estão fora de perigo”, disse o ministro. Segundo ele, há pelo menos um hospital em cada estado preparado para atender pacientes com a doença. (GV)

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