O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou ontem que o Brasil está livre de qualquer possibilidade de epidemia de gripe A (H1N1). Segundo ele, durante três meses de vacinação, 81 milhões de brasileiros foram imunizados, o que representa uma média de 88% do público-alvo de um total de 92 milhões de pessoas.

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No Paraná, o índice de vacinação também se destacou. Segundo o Ministério da Saúde (MS), o Estado foi o único da federação a ultrapassar 100% da meta, atingindo 106%, o que representa mais de 5,3 milhões de vacinas aplicadas. O MS considerou esta a maior campanha de vacinação já ocorrida no mundo, superando os 67 milhões de imunizados contra a rubéola, em 2008.

“O Brasil está livre de epidemia com certeza”, garantiu Temporão. A campanha nacional superou ainda países como Estados Unidos (26%), México (24%) e Suíça (17%) em termos de porcentagem da população vacinada.

Para o secretário de Estado da Saúde, Carlos Moreira Junior, “o Paraná teve suas características diferenciadas da doença durante o ano passado e agora com esta boa cobertura vacinal, somada as pessoas que já tiveram contato com o vírus e estão imunes ao vírus Influenza A (H1N1), esperamos que a incidência da doença seja menor”, disse.

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Para Moreira Junior, a taxa de cobertura do Paraná ajudou a elevar o índice nacional. “O trabalho realizado no Estado foi importante para o resultado nacional (88%). Agradecemos a todos e ao ministro pela constatação”, ressaltou.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), apenas os adultos de 30 a 39 anos e as crianças de dois a quatro anos ainda não atingiram a meta. A partir de agora, segundo o MS, a vacinação contra a gripe A continua sob a responsabilidade dos municípios.

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Na constatação do MS, após o Paraná está São Paulo (97%), Santa Catarina (97%) e Espírito Santo (92%). Roraima foi o último colocado, com 69% do público-alvo imunizado.

Precaução

Mesmo com a constatação da meta atingida, o MS informou que irá distribuir aos estados 1,9 milhão de medicamentos destinados ao tratamento gripe A. A intenção é evitar um possível aumento da doença durante o inverno.

As doses são suficientes para tratar 38 vezes mais casos do que o número de ocorrências graves que atingiram o País no ano passado (48.978). Segundo Temporão, “é um estoque estratégico para o caso de uma pandemia ou para a manifestação de um novo tipo de influenza”, ressaltou o ministro.

Neste ano, em todo o Brasil, foram registradas 74 mortes em decorrência da Influenza A (H1N1). Segundo a Sesa, até então, 12 pessoas morreram em virtude da gripe A. No Paraná, profissionais da educação terão até amanhã para receber a dose da vacina caso ainda não tenha sido imunizados de acordo com suas faixas etárias.