A promotoria do Meio Ambiente do Ministério Público de Curitiba está investigando a denúncia feita pela Federação Paranaense de Montanhismo de danos ecológicos no pico Caratuva, situado na Serra do Ibitiraquire, município de Campina Grande do Sul.
Segundo Ronaldo Frazen, vice-presidente da federação, o problema na região começou em 2003, quando o Programa Pró-Atlântica, vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), definiu o projeto de instalação de uma torre de comunicação no local. O objetivo era dar condições de monitoramento ecológico da planície litorânea e da Serra do Mar, utilizando o sistema em conjunto com a Polícia Florestal. ?O problema foi o que eles fizeram para instalar a torre. Abriram três clareiras desnecessariamente e depois decidiram mudar a torre de lugar, abalando outra área. Por fim, a torre voltou ao local original?, diz Frazen. Ele reclama que os responsáveis, além de supostamente terem gerado prejuízos à natureza, ainda acusaram montanhistas de vandalismo.
O promotor Sérgio Luiz Cordoni confirmou que haverá uma audiência para que o MP tome conhecimento de como está a recuperação ambiental na área. ?Vamos ouvir os envolvidos do programa Pró-Atlântica em novembro, com o objetivo de esclarecermos o que acontece no local?, conta.
De antemão, ele confirmou que a Sema já apresentou a licença ambiental para a instalação da torre e também um estudo de impacto ambiental, com as ações previstas para recuperar o local. ?Vamos ver o que será dito sobre a recuperação da região?, afirma Cordoni. A Sema, por meio da assessoria de imprensa, informou que ainda não foi notificada da audiência e a assegura que a área em questão foi recuperada.