O Ministério dos Transportes publicou nesta quarta-feira, em Diário Oficial, a liberação de R$ 115 milhões para o Estado do Paraná. O recurso é referente a arrecadação da Cide (Contribuição de intervenção no domínio econômico) e será aplicado na construção, restauração e conservação das estradas paranaenses. "Esse valor é fruto da luta do governador Roberto Requião, junto com os demais governadores, para que houvesse o repasse de 29% da Cide para os Estados", explicou Rogério Tizzot, diretor-geral do Departamento de Estradas e Rodagem (DER).
Segundo Tizzot, o valor que coube ao Paraná "é bastante importante e proporcionará a seqüência do programa de recuperação de estradas elaborado pela Secretaria dos Transportes". A previsão total de investimentos na malha viária do Paraná para 2005 é de R$ 300 milhões, somados os recursos do Ministério dos Transportes, Tesouro do Estado, Detran e Banco Mundial.
A Cide é arrecadada pela União junto à venda de combustíveis e repassada para os Estados. No Paraná, Tizzot destaca entre as obras que serão realizadas com esse recurso a recuperação da PR 092, no trecho entre Wenceslau Brás e Siqueira Campos; a pavimentação do trecho entre Toledo e Quatro Pontes; e a pavimentação do trecho entre Rio Branco do Sul e Cerro Azul, da PR 092.
Os R$ 115 milhões serão divididos em cinco partes, da seguinte forma: R$ 58,6 milhões serão destinados ao programa de construção e restauração de estradas "Boa Estrada"; R$ 23,4 milhões o Estado dará em contrapartida a investimentos do Banco Mundial; R$ 31,8 milhões serão alocados para o programa de conservação e manutenção de rodovias; R$ 10 mil para o programa "Corredores de Inclusão Social" e R$ 1,1 milhão para o programa "Estradas Rurais".
No início deste mês o governador Roberto Requião afirmou que 95% das estradas do Paraná serão entregues ao próximo governo completamente recuperadas, como aconteceu na sua primeira administração. "O cronograma de recuperação de estradas estará concluído até o final de 2006", indicou. "Estamos executando o maior programa de recuperação de rodovias da história do Paraná", acrescentou o governador. "Em relação aos 5% das estradas que não constam do cronograma de obras, são trechos de baixíssimo tráfego e regiões de pouca demanda que podem ser mantidos pelo DER com operações rotineiras de tapa-buraco".