Linha enguiçada

Microempresária está há 90 dias sem poder usar telefone fixo

A mudança de endereço da microempresária Maria Marli Pereira de Borba no final de julho data também o fim do uso da linha de telefone fixo dela, já que há quase 90 dias a operadora Oi não oferece uma solução para a transferência do serviço. O maior impacto disso está no faturamento da empresa familiar de construção de estruturas metálicas, localizada em Campina Grande do Sul, já que a falta do número fixo afasta novos clientes e faz perder os antigos que telefonam para uma linha que não está funcionando desde o dia 31 de julho.

O número fixo está no site da empresa, que sobrevive dos negócios fechados por telefone. “Eu e meu marido estamos com mais de 50% de queda no faturamento da empresa, porque estamos perdendo muito serviço”, avalia a empresária. Ela conta que coleciona protocolos de atendimento junto à operadora e também já registrou o caso na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

“Tem dias que ligo mais de dez vezes para a Oi até conseguir falar com uma atendente, mas o máximo que me responderam é que ainda não transferiram a linha porque não tem porta de entrada para internet no meu novo endereço e o meu pacote é de fixo mais internet”, explica. “O mais revoltante é que na hora de venderem o plano, isso não é levado em conta”, critica. Quanto ao reflexo da falta de telefone fixo na conta de celular, Maria explica que a operadora tem abonado os gastos que superam o valor do pacote que ela contratou para a telefonia móvel.

Depois que o Paraná Online procurou a Oi, técnicos da operadora estiveram na manhã de ontem no endereço dela e prometeram instalar a linha até amanhã. A assessoria de imprensa da Oi informou apenas que o telefone fixo solicitado será instalado “o mais brevemente possível”.

“A empresa acrescenta que casos pontuais, como o da cliente citada na reportagem, são tratados para que esse tipo de ocorrência seja corrigida. A respeito do serviço de banda larga, a companhia esclarece que a instalação depende de uma análise prévia da capacidade da central telefônica que atende a localidade e da infraestrutura do endereço em que o serviço será habilitada”, informa a nota. Continuamos de olho no caso até que haja solução!

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