Primeiro passo

Metrô da cidade de Curitiba deverá custar R$ 3 bilhões

Ainda em fase de execução do projeto, o metrô de Curitiba deve custar R$ 3 bilhões. A estimativa atualizada foi apresentada ontem pelo secretário de Planejamento e Gestão, Fábio Scatolin, no seminário “Metrô em Curitiba – Contribuições da Engenharia”, que discutiu possibilidades para a implantação do sistema. O projeto deve ser concluído até agosto e a previsão é que seja licitado no final do ano.

De acordo com o secretário, 80% do projeto já está pronto e os 20% restantes contam com estudos complementares de consulta feita no mercado, para conhecer mais a fundo o contexto da obra. “Conhecemos um pouco mais o solo por onde vai percorrer o metrô, as modalidades técnicas possíveis e melhores tecnologias que podemos executar”, explica. Apesar de ter o valor reavaliado – a previsão da gestão anterior era de R$ 2,3 bilhões -, o metrô não terá grandes mudanças, especialmente em relação ao traçado.

Além do aporte do governo federal, que garantiu R$ 1 bilhão para execução da obra, o município não descarta a parceria público-privada. A disponibilização de mais R$ 50 bilhões para mobilidade urbana, anunciada pela presidente Dilma Rousseff nesta semana, também animou a administração municipal. “Acreditamos que parte deste recurso venha para Curitiba também. Estamos tranquilos em relação à viabilidade financeira”, observa.

Mais discussões

Para o coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Civil do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), Luiz Capraro, o evento foi apenas o primeiro passo em relação ao projeto. O objetivo é discutir mais o metrô. “É uma obra de grande porte, com grande investimento, e que deve atender Curitiba e região por pelo menos meio século, então não é assunto que possa ser tratado de maneira leviana”, diz.

Na avaliação do presidente do IEP, Cássio José Ribas Macedo, o prazo para finalizar o projeto é curto, mas acredita que é viável cumpri-lo. Além disso, destaca que a instalação do metrô irá impactar todos os curitibanos. “É um balanceamento entre ônus e bônus. Sabemos que qualquer asfaltamento já causa transtornos, mas depois de pronto vai valorizar a cidade”, afirma.

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