Método mais seguro para o Papanicolaou

Glória Mattosinho de Castro, professora titular da Escola Paulista de Medicina, estará amanhã e quinta-feira em Curitiba para o workshop DNA-Citoliq, voltado para médicos da Universidade Federal do Paraná e citopatologistas do Estado. Ela ensinará o novo método de coleta e preparo para o exame Papanicolaou, que reduz em 74% as chances de um resultado falso negativo em diagnóstico do câncer de útero e doenças sexualmente transmissíveis. O novo método tem patente americana e está sendo lançado em Curitiba pela empresa paulista Digene Brasil.

“Significa um avanço para a detecção das doenças de colo uterino”, avalia o professor de citopatologia da PUC-PR. Antônio de Pádua, diretor do Centro de Citopatologia do Paraná, um dos três laboratórios que estão implantando a nova tecnologia.

Pádua lembra que o Papanicolaou convencional mantém a mesma metodologia da década de 20, quando foi criado. Nela, o material retirado da paciente é colocado diretamente na lâmina, que depois é fixada e enviada para análise. No sistema DNA-Citoliq esse material é colocado em um tubo com substância conservante líquida e enviado para o laboratório. Com esse processo, todas as células passam para o líquido, fazendo com que o material coletado seja analisado em sua totalidade. Já com o preparado convencional, só 20 por cento das células retiradas são representadas na lâmina.

As chances de acerto no diagnóstico com o DNA-Citoliq, que já conta com cobertura dos planos de saúde, são 24 por cento maiores que nos métodos convencional. Outra diferença é que no exame convencional a mulher precisa voltar ao consultório para nova coleta, enquanto o Dna Citoliq permite realizar até três exames com a mesma amostra coletada.

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