Professores celetistas e coordenadores dos núcleos regionais de educação não entraram em acordo durante a distribuição de aulas em Curitiba. Ontem pela manhã, cerca de duzentos professores produziram um tumulto no Colégio Estadual Professor Brandão, no Alto da Glória. Eles reclamaram da falta de organização para a realização do processo e questionaram a lista de classificação apresentada pela Secretaria de Estado da Educação (Seed), que determina quais professores pegaram aulas.

Foram distribuídas aulas nas disciplinas de História, Sociologia, Geografia, Filosofia e Ensino Religioso. Segundo os professores celetistas, todo ano acontece um problema, pois o número de professores estatuários não é suficiente para atender o total de aulas. Com isso, eles ficam na expectativa pelas vagas disponíveis.

A professora Elisângela Lemes, de 30 anos, chegou ao local às 7h30, e ainda aguardava para ser atendida depois das 15h. “Estamos esperando muito tempo, e não sabemos se teremos aula ou não. Está tudo muito confuso e está sendo baseado por uma classificação. Não fomos avisados que seria feito dessa maneira”, garante.

Outro problema ressaltado foi a ausência de alguns nomes na lista de classificação. Segundo alguns professores, eles receberam a orientação para escolher no local as aulas que deverão assumir a partir da próxima semana. O problema é que os nomes deles não constavam na lista.

Esse foi o caso do professor Christian Diógenes, de 33 anos. Ele estava atrás de explicações sobre a lista. “Cheguei aqui pela manhã e meu nome não constava na lista. Eu e mais quatro professores com o mesmo problema fomos até a secretaria e nos informaram que ocorreu um defeito de digitação”, disse. “Como ficamos agora? Queremos saber o que será feito para resolver a nossa situação. Não podemos ficar sem aula por causa de um erro dessa natureza”, completou o professor.

Segundo o coordenador de um dos núcleos regionais de educação, Paulo José Leonart, tudo está sendo feito para que os professores consigam as vagas. Ele explicou que a classificação que consta na lista é feita de acordo com cada disciplina e leva em conta o grau de licenciatura dos professores em cada uma delas. Paulo ressaltou que toda documentação que comprove a licenciatura dos professores deve ser levada até o local de distribuição de aulas, e afirmou que as vagas continuarão sendo preenchidas durante as próximas semanas.

“Tudo será resolvido e estamos procurando atender todos os professores.” O que acontece é que nem todos estão satisfeitos com os locais que pegaram para dar aulas e, acabam desistindo, procurando outro lugar. Com isso, o atraso para a definição das demais vagas se torna maior”, explicou Paulo.

“Ainda estamos no começo de todo esse processo. Quando as aulas começarem, saberemos as vagas que faltam ser preenchidas e os professores serão avisados e tudo voltará ao normal. É compreensível que eles estejam preocupados e afoitos, mas tudo se resolverá com paciência”, completou.

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