A partir do segundo semestre deste ano, os alunos da rede estadual de ensino terão uma merenda composta por produtos orgânicos. A transição está sendo formulada pelas secretarias de Estado da Educação, Saúde, Agricultura, Meio Ambiente e pelo Conselho Estadual de Alimentação Escolar. A alteração visa abrir o mercado para os produtos orgânicos e diminuir a aplicação de agrotóxicos nas lavouras do Paraná.  O secretário de Estado do Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida, explica que a merenda escolar orgânica foi a alternativa encontrada pelo governo do Paraná para reduzir a aplicação de defensivos agrícolas. ?Já não adianta mais dizer que os agrotóxicos fazem mal para a saúde. A merenda orgânica foi a forma encontrada para que isso deixasse de acontecer?, afirma.

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As escolas estaduais servem 1,3 milhão de refeições por dia e é este mercado que o governo vai oferecer aos produtores. ?Para se ter uma idéia, toda produção de feijão orgânico no Paraná é menor do que a demanda necessária nas escolas. Isso também acontece com outros produtos. O governo está garantindo este mercado para o produtor?, comenta Cheida.

De acordo com ele, a merenda orgânica combate dois problemas de uma só vez: a contaminação do solo e da água e o aparecimento de doenças em função da exposição aos agrotóxicos. Cheida esclarece que o veneno tem efeito cumulativo nos tecidos de qualquer ser vivo. ?Uma pesquisa da Universidade Estadual de Londrina apontou que o leite das mães da cidade apresentavam traços de agrotóxicos proibidos há muitos anos. Isso é muito preocupante?, indica.

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