Quem gosta de uma ceia farta e variada na noite do Ano Novo faz uma parada obrigatória no Mercado Municipal de Curitiba. Um dos locais mais tradicionais da cidade para fazer compras, oferece ao consumidor produtos para todos os gostos e bolsos.
Mas quem deixou para comprar tudo na última hora precisa ter calma e paciência: o local está bastante movimentado e a maioria das bancas apresenta filas de clientes que não querem ficar sem os tradicionais produtos da ceia.
Os locais mais concorridos são as barracas de frutas naturais, de frutas secas e cristalizadas e as peixarias, onde o salmão, a R$ 35 o quilo, está vendendo como água.
Entre as frutas, as mais vendidas, segundo os comerciantes, são aquelas que crescem de penca, como a uva (a partir de R$ 8 o quilo) e a cereja (a partir de R$ 6 o pacote), mas a tradicional romã (a partir de R$ 10 a unidade) para as simpatias também são muito procuradas.
De acordo com a proprietária de uma das bancas de frutas, Dorati Caldeia, 42 anos, as frutas vermelhas também despertam o interesse dos clientes. ‘Normalmente não tem muita procura, mas esse ano está saindo bastante, principalmente a framboesa (R$ 7 a bandeja), a amora (R$ 5 a bandeja) e o mirtilo (R$ 10 a bandeja)‘, contou. Entre as mais exóticas, a lichia (R$ 14 o quilo) e a pitaya (R$ 15 a unidade), são as mais vendidas.
Para o brinde da virada, o consumidor pode encontrar boas opções a partir de R$ 12 e economizar para não entrar em 2012 com o bolso vazio.
No entanto, mais do que uma mesa farta, a maioria quer mesmo é reunir a família e começar o ano novo ao lado daqueles que amam. É o caso do coronel Carlos Scheremetta, 51 anos, que comprava produtos para a ceia e ao ser questionado sobre o que não poderia faltar na mesa, foi enfático na resposta. ‘A família. Este ano vamos conseguir reunir todos em volta da mesa e isso é, sem dúvida, o mais importante‘, contou.
Preço e qualidade
O valor dos produtos não agrada a maioria dos consumidores, mas mesmo assim é difícil encontrar alguém que saia do local de mãos vazias. Segundo a balconista Luzia Marques Ferreira, 23 anos, os clientes reclamam dos preços, mas continuam comprando. A administradora Susan da Silva, 25 anos, é uma das consumidoras que acha possível encontrar produtos mais baratos nos mercados convencionais, no entanto, escolhe o Municipal porque acredita estar pagando pela qualidade. ‘Aqui as frutas são mais frescas e mais bonitas, a variedade também é muito grande, o que nos permite montar uma mesa mais elaborada com produtos de qualidade‘, explicou.
Entre os produtos mais caros, mas que ainda assim têm apresentado uma grande saída, estão as frutas secas e cristalizadas (em média R$ 30 o quilo) e o camarão (R$ 60 o quilo).
Queda no movimento
Apesar das filas e da correria de última hora, o número de consumidores está pelo menos 40% abaixo do normal esperado para essa época, segundo os comerciantes. Uma balconista que não quis ter o nome identificado contou que a reforma, que estava prevista para terminar em outubro e ainda não acabou, atrapalhou bastante. Segundo ela, a falta de estacionamento é um dos fatores que prejudicam muito. ‘Fizeram uma calçada enorme ao lado da entrada principal, que antes era utilizado como estacionamento transversal. Cabia muito mais carros do que hoje, não ficou bom‘, reclamou.
Horário estendido
O Mercado Municipal, que fica na Avenida Sete de Setembro, 1865, no centro de Curitiba, estendeu o horário de atendimento este ano e estará aberto neste sábado das 7h às 16h. No domingo estará fechado.