Mercado Municipal entrará em reforma

O tradicional Mercado Municipal de Curitiba vai entrar em reforma na próxima semana. Segundo a coordenadora do projeto, Helena Sobania, a idéia é revitalizar o espaço para que ele ganhe características de conforto e beleza a exemplo de outros centros comerciais. Piso, rede de água e esgoto, nova área de alimentação e novo sistema de iluminação estão entre os itens da mudança. Serão gastos R$ 1,8 milhão provenientes do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano da Prefeitura de Curitiba. O prédio atual foi construído em 1958.

De acordo com Helena, a reforma deve ficar pronta em seis meses. Durante as obras, os usuários vão ser atendidos normalmente. “Vamos relocar os permissionários aqui dentro do mercado. Todos os serviços e mercadorias oferecidos hoje vão continuar normais”, afirma.

A área que o mercado compreende é de 4,5 mil metros quadrados, com cerca de 200 lojistas e 100 bancas com hortifrutigrangeiros. No local, são encontrados os mais diversos tipos de especiarias e produtos exóticos, como frutas fora de época. Nelas também é possível encontrar produtos nacionais e importados, brinquedos e artigos para presentes, tabacos, queijos e vinhos, ervas medicinais, flores, carnes e peixes, roupas, além de serviços incluindo barbearia, lotéricas, sapataria e atividades afins.

As mudanças não vão tirar do mercado o ar tradicional. Vai revitalizar, trazendo mais conforto aos freqüentadores”, afirma Helena. A última reforma no local ocorreu em 1998 com o sistema elétrico, além de obras de captação e drenagem de águas pluviais, pavimentação do estacionamento para veículos na Rua da Paz e reparos na estrutura, entre outras melhorias. O espaço é explorado e mantido pela Associação dos Comerciantes Estabelecidos no Mercado Municipal.

O primeiro surgiu em 1864

A idéia de criar um mercado municipal surgiu em 1820, época em que a cidade vivia da erva-mate e o centro urbano começava se expandir. Assim crescia também a necessidade de criar um local para a compra e a venda de produtos rurais.

O município adquiriu imóveis precários e sem higiene, as chamadas “casinhas”, onde eram comercializados hortigrangeiros. Elas funcionavam nas ruas Saldanha Marinho e a atual José Bonifácio.Trinta anos depois, o presidente da Província, Zacarias de Góes e Vasconcelos, propôs a construção de um ponto central de venda. O mercado abre as portas em 1864 onde é hoje a Praça Zacarias. Em 1874 foi para o lugar onde é hoje a Praça Generoso Marques. Quinze anos depois, já no período republicano, o local passa a ser chamado de Praça Municipal.

Em 1912 o espaço é demolido para abrigar a sede da Prefeitura, projetada por Cândido de Abreu. O mercado vai para a praça 19 de dezembro e depois para o Bairro batel, ficando até 1937. Em 1958 o Mercado Municipal encontra o seu lugar, onde permanece até hoje. Quem projetou o espaço foi o urbanista francês Alfred Agache. De 1937 a 1958 os colonos percorriam as casa com carroças ou ficavam junto aos bebedouros dos animais para vender seus produtos. (EW)

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo