Menos lâmpadas quebradas na capital

O vandalismo na iluminação pública registrou uma boa notícia neste mês. Em relação ao começo do ano, o número de lâmpadas quebradas nas vias públicas caiu pela metade. Em janeiro, a Secretaria Municipal de Obras Públicas registrou 900 lâmpadas depredadas pelos vândalos. Em maio, este número caiu para 500 uma redução de 55%.

“Ficamos satisfeitos com a redução e esperamos que seja uma tendência, para que um dia possamos anunciar a redução deste número a zero”, diz o secretário municipal de Obras Públicas Leopoldo Campos.

“Estamos certos de que a população está se conscientizando de que precisa cuidar do patrimônio público para que possa contar com o bom funcionamento dos serviços. E a iluminação é um dos principais instrumentos para garantir a segurança dos cidadãos nas vias públicas.”

Além das campanhas de conscientização, uma das maiores contribuições para a redução do vandalismo na iluminação pública foi a instalação de luminárias especiais, feitas com policarbonato, que resistem melhor aos tiros e pedradas.

Desde junho do ano passado, cerca de 6 mil luminárias foram substituídas pelas especiais nas regiões onde a Secretaria de Obras registrou os maiores números de ocorrências de lâmpadas depredadas.

De todas essas luminárias com policarbonato instaladas, somente três sofreram algum tipo de dano. Isso significa que, desde que começaram a ser instalados, praticamente nenhum dos 6 mil pontos precisou passar por qualquer tipo de manutenção seja de lâmpada ou de luminária quebrada. Para se ter uma idéia, 6 mil lâmpadas de vapor de sódio de 70W representam um custo de quase R$ 87 mil.

“Conseguimos, finalmente, registrar uma queda no índice de vandalismo, que era de 34% sobre o número total de lâmpadas substituídas no mês. Com o sucesso dessas luminárias, a colaboração e as denúncias da população, chegamos, em maio, a um índice de 19%”, informa o diretor de Infra-Estrutura de Tráfego da secretaria, Eduardo Aichinger.

Policarbonato

A luminária especial tem uma espécie de célula feita em policarbonato (material plástico duro e resistente) logo abaixo da lâmpada, que protege o equipamento, sem comprometer a luminosidade.

As regiões que estão recebendo as novas luminárias são definidas de acordo com estudos realizados pela equipe de manutenção da secretaria sobre os locais que mais sofrem a ação dos vândalos como, por exemplo, as regiões da CIC, Cajuru, Vila das Torres e Sítio Cercado.

“Além disso, todas as luminárias comuns danificadas que entram hoje no cronograma da manutenção, são trocadas por policarbonato”, afirma Aichinger. Um dos exemplos desse sucesso é a Rua Delegado Bruno de Almeida, onde, dos 217 pontos trocados em março deste ano, 51 estavam danificadas. “Desde então, nenhuma delas precisou passar por qualquer manutenção”, conta Aichinger.

As luminárias de policarbonato têm um custo 44% maior do que as comuns. Mesmo assim, o retorno compensa. “Ganhamos no custo-benefício porque são locais onde temos a certeza de que vamos investir uma vez só e poderemos aproveitar todo o tempo de vida útil do equipamento, sem o risco de precisar trocá-lo antes da hora.”

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