Meningite mata paciente no Oeste do Paraná

A meningite meningocócica, a forma mais grave da doença, provocou a morte de um funcionário de um hospital em Palotina, no Oeste do Paraná. O último caso de meningite registrado no município foi em 2003, o que deixou a cidade em alerta. Apesar de não existirem novas suspeitas da doença, a população foi orientada a procurar os sistemas de saúde, já que alguns sintomas podem ser confundidos com a gripe.

O secretário de Saúde de Palotina, Armando Font Chou, comenta que o técnico em radiologia, Cassio Teodoro, de 28 anos, e que morreu no último domingo, teve o diagnóstico de meningite meningocócica confirmada. Segundo Chou, o trabalhador apresentava algumas condições favoráveis para a doença, já que era portador de diabetes do tipo 1. Por ser contagiosa, o secretário afirmou que todos os funcionários do hospital onde ele trabalhava, bem como a sua família, passaram por um tratamento. "Como não sabemos a origem do foco da doença, esperamos que a população colabore e procure atendimento médico em caso de suspeita", falou o secretário.

No Estado do Paraná, em 2004, foram registrados 2.185 casos de meningite. Neste ano a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou 1.188 casos da doença, sendo 629 de meningite viral, 220 bacteriana, 101 meningocócica, e 189 de outras fontes de contaminação. A taxa de mortalidade tem se mantido, nos últimos anos, em torno de 10% – neste ano foram 115 mortes.

Sintomas

A coordenadora da Divisão de Doenças Imunopreveníveis da Sesa, Miriam Woiski, explica que a meningite é uma inflamação das membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. A infecção é causada por diversos agentes como bactérias, vírus, fungos e protozoários. "Os sintomas principais são febre alta, forte dor de cabeça, vômitos e dificuldade de movimentar o pescoço. Nos bebês e crianças de baixa faixa etária, o sintoma principal é a recusa de mamadas ou alimentos e a presença de irritabilidade. É preciso estar atento à presença de manchas vermelhas na pele", lembra Miriam.

Ela ressalta que a grande preocupação é com a meningite meningocócica, provocada por bactéria, que se mantém na garganta principalmente de adultos jovens, sem desencadear a doença. Assim, ela é transmitida por gotículas expelidas ao falar, tossir e espirrar, para as pessoas suscetíveis. "Por isso, aos primeiros sintomas, os pais devem procurar o serviço de saúde mais próximo para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento", alerta. A coordenadora comenta que a doença ocorre durante todo o ano, com tendência a ser mais freqüente nos meses de frio, já que as pessoas ficam mais aglomeradas e em ambientes fechados. "Por isso é importante manter os locais ventilados, principalmente em ônibus e espaços públicos. Também deve-se evitar levar crianças em shoppings ou locais com grande circulação de pessoas", finalizou.

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