Uma criança de três anos morreu em Maringá, na região norte do Paraná, vítima de meningite meningocócica. A confirmação foi dada ontem pelo secretário municipal de Saúde, Antônio Carlos Nardi.
De acordo com o secretário, a criança deu entrada no Hospital Municipal de Maringá na última sexta-feira e morreu no mesmo dia. “Ela já chegou extremamente comprometida e logo depois foi transferida para o Hospital Universitário, mas infelizmente não resistiu”, afirmou.
O secretário descartou o risco de uma epidemia na cidade e garantiu que todas as medidas foram tomadas para isolar a doença. Até o fim do dia de ontem, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) não havia sido notificada sobre o novo caso de meningite.
Neste ano, já foram detectadas 132 ocorrências de meningite em todo o Estado, com 19 óbitos. No ano passado, foram outros 151 casos de meningocócica, num total de 34 mortes.
A Sesa mantém um controle mais rigoroso nas regiões de Ponta Grossa, Londrina e Maringá, além de Curitiba e região metropolitana, onde o sorogrupo B da meningite menincocócica é mais comum.
A chefe da Divisão de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Sesa, Nilce Haida, informou que o agente bacteriano que provoca a meningite tem potencial para desenvolver surtos e, inclusive, epidemias.
“Para evitar essa situação é que monitoramos 100% dos casos do Estado e mantemos uma vigilância constante, pois já tivemos no Brasil uma grande epidemia na década de 1970 da meningite meningocócica”, afirmou.
Nesses casos, segundo Haida, é preciso agir muito rápido para salvar o paciente. “Todas as meningites têm sintomas e sinais clínicos semelhantes, mas existem vacinas para apenas algumas delas”, ressalta.
No entanto, o paciente é apenas parte do trabalho para conter a disseminação da doença, já que muitas pessoas podem portar a bactéria e não desenvolver a meningite.