Meningite coloca escola em alerta

A Escola Estadual Dom Orione, em Curitiba, pretende esclarecer hoje, às 14h, alguns fatos relacionados ao caso de um aluno de 11 anos que morreu, na última semana, vítima de meningite. Além de envolver pais e profissionais da Secretaria Municipal de Saúde, a reunião também é dirigida à imprensa que, segundo a escola, ao divulgar o caso, acabou passando algumas informações ?exageradas? sobre a doença e o número de casos. Segundo a Secretaria de Saúde, os registros da doença até agora são considerados normais. No entanto, todo alerta em relação à meningite é pouco.

De acordo com Karim Luhm, diretora do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, desde o início do ano, foram registrados 23 casos de meningite na capital. As vítimas que chegaram ao óbito foram duas: em março, uma criança de um ano e, recentemente, o menino de 11 anos. ?Nessa mesma época, a média se mantém nos últimos cinco anos: entre 22 e 25 casos. A média anual fica entre 60 e 80 casos registrados?, garante.

No Paraná, segundo a epidemiologista da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Márcia Aldenucci, em 2005 foram registrados 2.483 casos da doença e 221 óbitos, considerando todas as variações da doença. Este ano, até então, foram registrados 1.108 casos e 48 mortes.

Ela esclarece que a forma da doença que tem mais ocorrência é a viral. Em 2005, foram 1.393 casos com 36 óbitos. Este ano são 767 casos e oito óbitos. Na variação bacteriana da doença, a mais freqüente, de transmissão mais fácil e evolução para forma mais grave, é a meningite meningocócita. No Estado, em 2005, foram registrados 200 casos e 31 óbitos. Este ano já são 71 casos e 12 óbitos.

Como explicam as profissionais das secretarias, a meningite nada mais é que a inflamação das membranas que envolvem o cérebro. As causas das doenças são as mais variadas, podendo ser contraída por vírus, bactérias ou até por trauma ocasionado por queda. A doença também aparece como uma complicação de outras doenças virais como gripe, sarampo ou rubéola, principalmente durante o inverno, até o mês de setembro, e de 10% a 20% dos casos registrados podem chegar a óbito, como explica Karim, da Secretaria Municipal.

Como alerta Márcia, todas as meningites apresentam um quadro clínico semelhante. Os sintomas são febre, dor de cabeça intensa, acompanhada por vômitos incontroláveis, sinais de rigidez na nuca e, no caso da meningocócita, pode vir com manchas roxas. 

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