Meningite assusta escola em Castro

Após a morte de dois adolescentes na última semana, a Prefeitura de Castro tenta tranqüilizar a população de que não há surto de meningite no município. Como as duas vítimas (uma menina de 15 anos e um garoto de 14) moravam no mesmo bairro e estudavam na mesma escola, surgiu a preocupação com um possível estado de pânico entre as pessoas que freqüentam esses locais.

Por precaução, o Colégio Estadual Amanda Carneiro de Mello, onde estudavam os dois adolescentes, está com as aulas suspensas até hoje, para que seja feita a higienização preventiva do local, atendendo ao protocolo do Ministério da Saúde. Na manhã de ontem, técnicos das vigilâncias Epidemiológica e Sanitária e o secretário municipal da Saúde, Julio Sandrini, reuniram-se com pais de alunos no colégio, para prestar esclarecimentos e informações sobre prevenção. Durante a reunião, os pais foram orientados a sempre arejar a casa e evitar aglomeração de pessoas, assim como manter as janelas abertas em carros e vans escolares, porque a bactéria é transmissível pelo ar.

A chefe da Vigilância Epidemiológica, Karin Moroz, conta que este ano já foram registrados 10 casos da doença – deste total, os dois óbitos da semana passada e oito tratados e curados -, mas que isso não representa surto. Isso porque a meningite é uma doença endêmica na região, pelas temperaturas mais baixas apresentadas.

Os casos

A menina vitimada pela doença tinha 15 anos e estudava na primeira série do ensino médio. Ela morreu dia 12. Já o rapaz tinha 14 anos e cursava a sétima série do ensino fundamental, morrendo na sexta-feira. Karin lembra que ambos estudavam em salas e blocos separados. Exames de laboratório comprovaram meningococcenia do tipo B em ambos os jovens. 

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