Membros da Contag promovem manifestação em Londrina

Sem saber mais para quem pedir ajuda, integrantes da Confederação dos Trabalhadores da Agricultura (Contag) realizaram uma manifestação em frente à sede administrativa do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em Londrina.

Eles pedem que fazendas do Grupo Atalla, que tem dívidas milionárias com a União, sejam repassadas para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que pode utilizá-las no assentamento de 800 famílias.

Os manifestantes passaram várias horas no local, que fica na Avenida Duque de Caxias, bairro Petrópolis, até o início de uma reunião com representantes da Contag, do INSS e da Receita Federal.

De acordo com a gerente executiva do INSS em Londrina, Marilene Almeida, a manifestação e a reunião foram tranquilas. “Eles vieram com um grupo grande mas ocuparam só a parte externa do prédio. Não teve hostilidade por nenhuma das partes e o trabalho dos nossos funcionários não foi interrompido”, afirma.

De acordo com a gerente, os manifestantes acreditavam que os terrenos já eram de propriedade do INSS. “Durante a reunião esclarecemos que existe um procedimento legal e que toda a parte de cobrança de empresas que devem para o INSS é feita pela Receita Federal. Ainda que o juiz determine que um bem seja utilizado para pagamento de dívidas, o bem vai à leilão, e não para as mãos do INSS”, explica.

Logo após a reunião, no início da tarde, os manifestantes deixaram o estacionamento do INSS e retornaram para a Fazenda Itaverá, em Alvorada do Sul.

“Nós já não sabemos mais para quem pedir ajuda”, desabafa Cláudio Fernandes, coordenador da Contag no Paraná. Muitas das famílias que participaram da manifestação foram expulsas na semana passada de duas fazendas em Porecatu.

De acordo com Cláudio, a Canaã e a Jaborandi acumulam uma dívida de 42 milhões com o INSS referente à falta de pagamento dos direitos trabalhistas de cortadores de cana.

“É muita política e os grandes não pensam nos pobres. Ainda assim estamos otimistas. Se as fazendas forem à leilão, o Incra terá prioridade”, ressalta. Hoje o grupo segue para uma nova reunião no Incra, às 14h, onde definirão o destino das famílias e os próximos passos da manifestação.

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