Brasília
(das agências) – O dólar caiu abaixo do patamar de R$ 3 pela primeira vez desde o fechamento em 8 de agosto, ontem à tarde, quando chegou a ser vendido por R$ 2,998. Porém, no final do dia acabou se recuperando a fechou a R$ 3,01. O motivo da queda, bastante significativa, de 2,11%, foi a melhora da avaliação da dívida brasileira pelo banco de investimentos norte-americano Goldman Sachs, que coroou uma semana recheada de notícias positivas para o mercado.O Goldman Sachs revisou a classificação dos títulos brasileiros de “abaixo da performance do mercado” para “em linha com a performance do mercado” (“underweight” para “marketweight”), o que deu novo vigor ao mercado brasileiro.
O mercado já estava animado com a rolagem, concluída anteontem, de uma dívida em contratos cambiais (“swap”) que vencem na segunda-feira.
A já tradicional briga pela Ptax, a cotação média compilada pelo Banco Central, acontece sempre no último dia do mês, dia em que seu valor determina quem ganha e quem perde com contratos de futuros na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros).
O mercado recebeu esta semana duas notícias pelas quais esperava há tempos.A primeira é a reversão paulatina das expectativas em relação às linhas de crédito para as empresas, que aos poucos voltam a reabrir, aumentando a oferta de dólares e facilitando a rolagem de dívidas privadas.
A segunda é a melhora da performance do candidato governista, José Serra, tido como o favorito do mercado por defender a atual política econômica, saiu da estagnação e avançou nas pesquisas de intenção de votos, embora continue em terceiro lugar.