A segurança de pacientes hospitalares pode ser garantida através de medidas simples adotadas no dia-a-dia dos estabelecimentos. Os cuidados podem reduzir a mortalidade, a ocorrência de sequelas, casos de infecções e diminuir custos.
“Os hospitais têm dois desafios relativos à segurança dos pacientes: prestar assistência limpa e ter consciência de que a realização segura de cirurgias de rotina pode salvar vidas”, diz a chefe da Vigilância Sanitária de Serviços da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, Lucinéia Bencke Lino, que esta semana participou de um seminário intitulado Paciente Seguro, realizado em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Relacionados à assistência limpa, estão, por exemplo, os atos de lavar as mãos, preservar técnicas assépticas e garantir a correta esterilização dos materiais utilizados nos procedimentos.
Já a realização segura de cirurgias envolve a adoção de medidas como contagem de equipamentos, boa informação da equipe sobre o tipo de cirurgia e lado do corpo a ser operado.
“Os critérios de segurança para pacientes estão ligadas a ações pequenas, mas que devem ser realizadas como compromisso por todos os profissionais que trabalham nos estabelecimentos hospitalares, sendo que estes também devem exigir a adoção dos critérios e promover treinamentos a seus colaboradores”, comenta.
Atualmente, a presença de comissões de controle de infecções é obrigatória dentro dos hospitais. Os critérios de segurança geralmente se refletem de forma mais positiva dentro dos estabelecimentos em que as comissões são mais atuantes.
“A segurança dos pacientes deve ser uma preocupação de todos os hospitais, sejam eles grandes ou pequenos, públicos ou privados e independente do tipo de procedimentos que realizam”, afirma a enfermeira do Centro de Saúde Ambiental de Curitiba, Tânia Maas.
No ano de 2007, o Brasil assinou, através do Ministério da Saúde, um termo de adoção de estratégias de segurança do paciente proposto pela Organização Pan-americana de Saúde e Organização Mundial de Saúde (OMS).
Na capital paranaense, desde 1997, existe o Plano de Avaliação Sanitária em Estabelecimentos de Saúde (Pases). Este é um conjunto de estratégias de diagnóstico das condições físicas, técnicas, operacionais e higiênico-sanitárias dos hospitais. Atualmente, funcionam em Curitiba 81 hospitais.