Médicos residentes entregam reivindicações

Os médicos residentes do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) entregaram ontem à direção geral do hospital uma pauta de reivindicações internas. Entre os pedidos está a instalação de uma sindicância sobre os repasses realizados pelo Ministério da Educação (MEC) para a residência médica do HC. Cerca de 25% dos médicos residentes continuam paralisados. Muitos não aderiram à greve, que começou no início desta semana, com medo de represálias.

A Associação dos Médicos Residentes do Hospital de Clínicas (Amerehc) reivindica a realização de adequações internas do programa de residência médica ao programa nacional da categoria. Muitos médicos estariam trabalhando mais do que as 60 horas semanais determinadas. A entidade ainda pediu a adequação da preceptoria (acompanhamento supervisionado) em alguns setores do HC. Além disso, requisitou uma sindicância interna quanto ao valor repassado pelo MEC ao hospital para o programa de residência médica.

Essas reivindicações somam-se ao pedido de realização de uma assembléia com a direção do HC. Os médicos residentes já haviam encaminhado essa requisição. Na quinta-feira passada, eles realizaram um protesto em frente ao prédio-sede do hospital. Ontem, aproveitaram o movimento para mobilizar os médicos residentes a doarem sangue.

O diretor de ensino, pesquisa e corpo clínico do HC, Ângelo Tesser, informou que a reunião com os médicos residentes poderá acontecer na semana que vem, pois ainda ontem se cumpria o trâmite necessário para a pauta de reivindicações dentro da instituição. Ele salientou que os residentes já possuem um espaço para discussões. A Comissão de Residência Médica, na qual os médicos residentes possuem dois representantes, se reúne mensalmente. ?O espaço para negociar já existe, mas o hospital não vai se furtar a conversar. Não vejo dificuldades em tratar a pauta de reivindicações?, explica.

De acordo com Tesser, o atendimento não foi prejudicado com a paralisação dos médicos residentes. Os setores de urgência e emergência estão funcionando normalmente. ?O atendimento nas áreas eletivas foi equacionado com o quadro próprio de médicos do HC. Somente um ou dois ambulatórios tiveram a sua capacidade de atendimento reduzida com a paralisação. Quanto mais médicos, mais pacientes podem ser atendidos. Mas não foi nada significativo?, minimizou. 

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