Mais de 600 médicos-residentes do Paraná definirão, na noite de hoje, se aderem à greve nacional ou não. De acordo com a Associação dos Médicos Residentes do Paraná (Amerepar), um indicativo de greve foi aprovado pela categoria na segunda-feira.
O movimento paranaense ainda depende do resultado das discussões feitas entre os líderes de cada Estado sobre a proposta feita ontem pelo Ministério da Saúde (MS). Em âmbito nacional, a greve, iniciada ontem, já atinge 22 mil residentes.
De acordo com Murilo Murata, da Associação dos Médicos-Residentes do Hospital Evangélico, a categoria quer aumento na bolsa-auxílio, que atualmente é R$ 1.916,45.
“Queremos um reajuste de 38,7% nesse valor que está congelado há quatro anos”, diz. Na tarde de ontem, o Ministério da Saúde (MS) anunciou reajuste de 20% a partir do orçamento de 2011. “Foi então montada uma comissão nacional para avaliar essa proposta”, afirma.
Até o final na tarde de ontem, não havia posicionamento sobre o reajuste oferecido pelo MS por parte da Associação Nacional dos Médicos-Residentes (ANMR).
Mesmo com o anúncio da paralisação, hospitais de Curitiba estavam atendendo normalmente. Segundo o Hospital de Clínicas, nenhum dos 275 residentes tinha afirmado o interesse no estado de greve.
O mesmo acontece no Hospital do Trabalhador. Lá nenhum dos 17 residentes irão parar. O Hospital Cajuru, com 111 residentes, disse que até a tarde de ontem o atendimento estava normal. Já o Hospital Evangélico, que tem 151 residentes, afirmou que uma assembleia definirá os rumos do movimento.
De acordo com Denise Mashima, diretora clínica do Hospital Universitário de Londrina, os 152 residentes deverão hoje um documento nominando os envolvidos na paralisação.