Os médicos do Paraná vão interromper o atendimento eletivo hoje e amanhã, dando sequência à programação nacional da categoria que reivindica que o governo federal invista 10% da receita da União em saúde pública e protesta contra os vetos da presidente Dilma Roussef à lei do Ato Médico e à medida provisória que instituiu o programa Mais Médicos.

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A paralisação segue orientação do que foi votado em assembleias em todo o País, organizadas pelas entidades da categoria. Ontem, muitas instituições de Curitiba, como o Hospital de Clínicas e o Hospital Evangélico, realizaram o reagendamento das consultas marcadas para esses dois dias. A recomendação para quem tem consulta marcada para esses dias é que procure os hospitais e consultórios para verificar se o profissional aderiu à paralisação para não perder viagem.

Abaixo-assinado

Federações, conselhos e associações médicas vão distribuir material para esclarecer à população sobre o motivo da mobilização e as consequências disso no atendimento dos pacientes dos serviços de saúde pública e privada. Junto com o material informativo, as entidades médicas vão coletar assinaturas para abaixo-assinado contra a MP e os vetos do Ato Médico. O objetivo é encaminhar o documento para o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB).

Em Curitiba, a categoria estará concentrada na Praça Rui Barbosa a partir das 9h30. O presidente da Associação Médica do Paraná (AMP), João Carlos Baracho, alerta que uma das consequências do polêmico Programa Mais Médicos será a condenação de parte da população ao atendimento de qualidade questionável. “O país ficará dividido em dois tipos de assistência: um realizado por médicos e outro por estudantes ou profissionais estrangeiros. O governo lança mão de tratamento superficial para não resolver questões estruturantes que comprometem o atendimento médico no País”, avalia.

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