Greve

Médicos cruzam os braços em todo o Brasil

O atendimento médico em Curitiba, a exemplo de todo o Brasil, está prejudicado hoje por causa da paralisação da categoria coordenada pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam). Na rede pública e em clínicas e hospitais privados, somente os casos de urgência e emergência são atendidos. O calendário de greve, estipulado pela Fenam, prevê outras duas paralisações, na terça e quarta-feira da semana que vem.

Ontem à noite, cerca de 400 médicos se reuniram na sede da Associação Médica do Paraná (AMP), no Água Verde, e votaram a favor das manifestações. Junto com representantes do Conselho Regional de Medicina (CRM) e do Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar), o grupo discutiu as novas propostas do governo federal que atingem diretamente a categoria. As críticas foram centralizadas ao Programa Mais Médicos, do governo Dilma Rousseff, que prevê contratação de profissionais estrangeiros, além do aumento de dois anos na formação dos médicos, que terão de prestar serviço obrigatório no Sistema Único de Saúde (SUS).

Mudanças

A assembléia foi transmitida pela internet, possibilitando a participação de médicos do interior. “Estamos cruzando os braços para chamar a atenção do governo e pedir melhores condições de trabalho. Nosso objetivo é exigir essas mudanças para que o atendimento ao cidadão seja melhorado”, disse Nerlan de Carvalho, secretário da AMP, que representa os cerca de 22 mil médicos do Paraná.

Após o dia 10 do mês que vem, quando termina a programação do calendário da Fenam, deverá acontecer nova assembléia em Brasília, havendo possibilidade de greve por tempo indeterminado.

Serviço deve ser garantido

A paralisação dos médicos, hoje, não deve punir o usuário dos planos de saúde ou do Sistema Único de Saúde (SUS) e quem se sentir afetado deve procurar os órgãos de defesa do consumidor ou a ouvidoria municipal, no caso da rede de saúde pública. No caso dos planos de saúde, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) defende que o acesso aos serviços contratados deve ser garantido pela operadora de plano de saúde.

A orientação, segundo a assessoria da a ANS, é que os serviços de urgência e emergência (devidamente classificados por profissionais médicos) sejam cumpridos normalmente. No caso dos atendimentos eletivos, as operadoras devem providenciar novo agendamento das consultas, exames, internações ou quaisquer outros procedimentos com solicitação médica prévia, dentro dos prazos estipulados pela ANS de forma a garantir a assistência à saúde de seus beneficiários.

A Secretaria Municipal de Saúde foi procurada, mas informou que não tinha sido comunicada sobre a paralisação.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna