Médicos ameaçam parar atendimento em Londrina

Os médicos plantonistas do Hospital Evangélico, da Santa Casa e do Hospital Infantil, todos em Londrina, no norte do Paraná, podem paralisar suas atividades amanhã. É que um imbróglio que se estende desde o ano passado ainda não foi resolvido: questões envolvendo o pagamento desses médicos e a discussão do município sobre a necessidade de se ter algumas especialidades. Todos esses profissionais atuam nos prontos-socorros (PSs) que atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

O grande problema, agora, é o silêncio da prefeitura de Londrina desde dezembro de 2009. Como explica o diretor clínico do Evangélico de Londrina, Osney Moure, a situação até foi parcialmente resolvida no ano passado, depois que o governo do Estado passou a disponibilizar uma verba adicional para pagamento dos médicos.

No entanto, desde então a prefeitura de Londrina prometeu que conversaria novamente com a classe médica para fazer alguns ajustes na remuneração nesses últimos três meses. Na reunião de dezembro, ficou acertado, segundo Moure, que a resposta viria até o final de março. No entanto, não foi o que aconteceu. “Nós enviamos três cartas para a prefeitura solicitando novas reuniões, e não obtivemos resposta. Não é o que queremos mas, como não existe resposta do município, provavelmente não existirá a escala dos médicos e o fechamento dos prontos-socorros é inevitável”, afirmou.

Diante dessa situação, os médicos se reuniram na última segunda-feira e, em assembleia, decidiram esperar a resposta do município, cujo prazo expira hoje. Caso não haja diálogo, os plantonistas devem paralisar as atividades amanhã. Em novembro do ano passado, um atraso nos pagamentos dos plantonistas fechou os prontos-socorros por seis dias. Em dezembro, a paralisação foi de um dia, até que o governo do Estado e a prefeitura de Londrina fizeram o acerto escalonado.

A reportagem de O Estado procurou a assessoria de imprensa da prefeitura de Londrina, mas não conseguiu contato telefônico. A reportagem procurou, então, a assessoria do secretário de Saúde Agajan Bedrossian, que informou que todos na prefeitura estavam em uma reunião para tentar resolver o impasse. Ainda segundo a assessoria do secretário, a resposta para a imprensa será divulgada somente hoje.

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