A Justiça do Paraná condenou um médico a um ano e três meses de prisão, multa de R$ 13 mil e pagamento de R$ 30 mil por danos morais pelo ato de lesbofobia. O caso aconteceu em Paraíso do Norte, na região noroeste do Estado. A denúncia, feita por meio da Promotoria de Justiça do Ministério Público do Paraná, revela que o profissional teria impedido uma mulher de trabalhar na enfermaria de um hospital privado por causa da orientação sexual dela.
O réu é médico e também sócio-proprietário e diretor clínico de um hospital privado do município. De acordo com a ação penal, ele teria praticado discriminação contra a vítima, uma mulher lésbica, impedindo que ela exercesse seu trabalho como cuidadora de um idoso que estava internado no hospital.
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Segundo a ação, o réu teria dito a vítima: “Não sei que espécie que é, se homem ou mulher, aqui não pode. Saia do meu hospital”.
Réu pode recorrer da sentença
O médico e uma enfermeira do hospital também foram denunciados por falsidade ideológica por terem, supostamente, fraudado documento particular da unidade de saúde a fim de alterar a verdade sobre o fato. Os denunciados teriam forjado um documento inserindo informação falsa de que um dos pacientes da enfermaria na qual trabalhava a vítima havia solicitado que ela se retirasse por ser do sexo feminino.
Entretanto, o réu foi absolvido dessa acusação, o que motivou recurso do Ministério Público contra a absolvição. O médico também pode ainda recorrer da sentença condenatória.