Visualizar possibilidades de parcerias entre o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) na execução de estudos e pesquisas voltadas à melhoria da qualidade de vida das populações mais carentes. Esse foi o objetivo do encontro entre representantes das duas entidades, realizado ontem em Curitiba.
A secretária executiva do ministério, Márcia Helena Carvalho Lopes, apresentou projetos desenvolvidos pelo governo federal e falou sobre a importância do envolvimento do setor acadêmico. "As universidades brasileiras não apenas recebem recursos para o desenvolvimento de projetos na área social. Elas são consideradas importantes espaços de reflexão e análise do que o governo está realizando, dando contribuições valorosas através de seus estudos e pesquisas", afirmou.
Márcia falou sobre as ações inseridas nos programas Sistema Único de Assistência Social e Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Ambos já começaram a ser desenvolvidos no Paraná e podem ser ampliados, caso haja maior envolvimento acadêmico. O primeiro visa o planejamento e a regulamentação de ações de assistência social no Brasil. Já o segundo tem como objetivo melhorar o acesso de comunidades carentes à produção de alimentos. "Em todo o Brasil, até o final deste ano, devemos investir cerca de R$ 21 bilhões na execução destes programas. O Paraná, no ano passado, recebeu do ministério aproximadamente R$ 800 milhões para a realização de trabalhos ligados tanto ao Sistema Único quanto ao Sistema de Segurança Alimentar. Foram atendidas 430 mil famílias através do Bolsa Família, 48 mil pelo Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), 58 mil pessoas com deficiências, 53 mil idosos e 147 mil crianças em creches", revelou.
O reitor da UFPR, Carlos Augusto Moreira Júnior, destacou a importância de as instituições de ensino superior se envolverem com as atividades desenvolvidas pelo ministério. "Uma possível parceria com o ministério pode proporcionar, por exemplo, a ampliação de trabalhos que a universidade desenvolve na região do Vale da Ribeira", disse.