O protesto que estava marcado para ontem, contra o fechamento de parte da BR-476, na região de União da Vitória, foi adiado devido ao mau tempo. A comissão formada para organizar o protesto remarcou a interdição para o próximo dia 9 de setembro. O protesto, dessa vez, irá incluir também o município de Porto União (SC), já que com o fechamento da via, o tráfego pesado está passando pela cidade catarinense. O prefeito da cidade, Renato Stasiak, que promete fechar também a saída para a BR-280, já estuda criar um pedágio municipal, já que a malha viária local está sofrendo muito com o tráfego.
Outra prefeitura que quer aproveitar a nova data para protestar é a de Bocaiúva do Sul. De acordo com o ex-prefeito do município, Élcio Berti, o trecho da BR-476 que passa pela cidade não faz parte do imbróglio entre União e Estado, mas o pedaço entre Bocaiúva e Curitiba está em péssimo estado de conservação. "Foi realizada uma licitação em 2001 para refazer a via, mas apenas o trecho entre Bocaiúva e Adrianópolis foi refeito", diz.
Na terça-feira o governo do Estado interditou 130 quilômetros da BR-476, entre o município da Lapa e o trevo da PR-160, em Paulo Frontin. De acordo com a Secretaria de Estado de Transportes a rodovia está em estado precário e a interdição, por tempo indeterminado, foi uma forma de evitar mais acidentes na região.
Segundo o vereador de União da Vitória e coordenador da mobilização, Júlio Adilson Pires, o protesto seria para reivindicar melhorias na rodovia, mas com a interdição o governo criou um novo problema. "Com o fechamento da estrada, os caminhões estão desviando pela BR-280, passando dentro de Porto União, o que causou um grande transtorno para o município", falou. Esse trecho tem sido usado por quem vem do Rio Grande do Sul ou sudoeste do Estado. O vereador acha que a interdição da rodovia era necessária para cobrar uma solução da rodovia que estava em péssimas condições, mas "é preciso rever esse novo problema".
