Matrículas de indígenas cresce 40%

O processo de inserção social indígena, proclamado na Constituição de 1988, vem provocando o aumento cada vez mais acelerado de matrículas de estudantes indígenas nas escolas destinadas a eles. Mesmo as tribos mais rigorosas, que prezam a manutenção da cultura original da raça, mostram-se favoráveis à educação.

Nos últimos dois anos, segundo dados da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), as matrículas cresceram 40% e as escolas, geralmente de corpo docente misto, se expandiram em 36,2% no mesmo período.

No Paraná, o crescimento segue o ritmo nacional – no ano passado, 224 novos alunos foram matriculados, o que já faz com que a Secretaria da Educação desenvolva projetos de ampliação das escolas já existentes, estendendo o tipo de ensino. "É uma necessidade natural, já que os estudantes vão mudando de série e a procura de jovens e adultos pela educação também vem crescendo", diz Cristina Tremonezi. De 2004 para 2005, o número de índios nas escolas no Paraná saltou de 2.346 para 2.560, distribuídos em 28 estabelecimentos de ensino (três estaduais e 25 municipais).

Segundo Edívio Battistelli, secretário para assuntos indígenas, a busca crescente de índios pela educação em escolas é reflexo de alguns fatores, como o crescimento natural da população indígena, muito marcante nos últimos anos.

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