A direção da Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa informou ontem que fechará sua maternidade. Os serviços feitos por esse setor passarão a ser de responsabilidade do Hospital Evangélico, também em Ponta Grossa. Os recursos enviados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) seriam insuficientes para manter os serviços na Santa Casa.
“A cada mês o prejuízo ficava entre R$ 50 mil e R$ 60 mil. Essa situação acontecia há um bom tempo, e a partir de julho se intensificou”, afirmou o advogado Emerson Ernani Woyceichoski, assessor jurídico nomeado para formalizar o acordo entre os dois hospitais.
O advogado destacou que a maternidade da Santa Casa faz cerca de 130 procedimentos mensais. “São 80 ou 90 partos todo mês, além dos serviços de obstetrícia e ginecologia”, explicou.
Agora, todos esses serviços irão para o Hospital Evangélico, especializado nessa área. “Como eles têm mais estrutura para fazer esses procedimentos, o aumento da demanda não causará problema, e o recurso vindo do SUS será suficiente”, disse, lembrando que a Santa Casa continuará oferecendo os serviços de UTI neonatal, assim como os demais procedimentos.
Recursos
O governador Roberto Requião (PMDB) e o secretário de Estado da Saúde, Cláudio Xavier, entregam hoje R$ 2 milhões em equipamentos para atendimento a gestantes e recém-nascidos de alto risco. Os equipamentos – berços aquecidos e oxímetro de pulso para monitoração de batimentos cardíacos e aparelhos para realização de ultrassonografia – serão repassados para vinte hospitais em 17 cidades do Estado.