Matéria em O Estado dá outro prêmio a Mauri

O jornalista Mauri König ganhou mais um prêmio pelas reportagens publicadas em O Estado, em 2000 e 2001, que denunciaram o recrutamento de jovens pelas Forças Armadas do Paraguai. Ontem, ele recebeu a premiação da Federação Internacional dos Jornalistas, em Bruxelas, na Bélgica.

Mauri passou a investigar o assunto depois de conversar com um colega paraguaio. Em dois meses, ele reuniu dados que mostravam o recrutamento para serviço militar de garotos entre 12 e 18 anos de idade. Entre eles, trinta brasileiros.

Na quinta viagem ao Paraguai, o jornalista foi sozinho e, durante uma blitz numa estrada de chão a 80 quilômetros da fronteira com Foz do Iguaçu, foi espancado por homens, um inclusive vestido com uniforme da polícia. “Eles me espancaram com pedaço de pau, chutes e com correntes. Estava de bruços e um deles tentou me estrangular. Me fingi de morto. Quando eles viram que estava perdendo os sentidos, me bateram mais e depois foram embora”, relembra. Mauri acredita que os agressores estavam o seguindo.

A matéria teve muita repercussão e Mauri recebeu muitos dados de pessoas do Paraguai. Investigou por mais três meses e, na segunda reportagem, denunciou que 109 jovens recrutados morreram misteriosamente com tiros de fuzil entre 1989 e 2000 dentro dos quartéis. Pelas reportagens, Mauri ganhou em 2001 os prêmios Vladimir Herzog, Esso (Região Sul) e o Embratel (Região Sul). Neste ano, conquistou também o prêmio da Sociedade Interamericana de Jornalistas.

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