A queda de uma marquise na manhã de ontem no centro de Maringá, noroeste do Estado, serviu de alerta para que a 5.ª Coordenadoria de Defesa Civil do Paraná dê início imediato a um programa de fiscalização nas marquises do município. O programa, em parceira com a Universidade Estadual de Maringá (UEM), era para ter sido iniciado há 15 dias, mas foi adiado devido à epidemia de dengue que atingiu a cidade.
?Com os recentes casos de quedas de marquises em todo o País, pensamos no programa para antecipar e prevenir esses acontecimentos em Maringá. Infelizmente, tivemos que adiar porque todo o efetivo do Corpo de Bombeiros está envolvido no combate à dengue. E acabou ocorrendo esse incidente na cidade?, disse o sub-chefe da Defesa Civil de Maringá, major Jair Pereira, garantindo que o projeto passou a ser prioridade e será iniciado ainda esta semana para evitar novos acidentes.
A marquise que caiu por volta das 8h de ontem não machucou ninguém, mas causou grande susto. No local, funciona uma empresa de consórcios que tem 12 funcionários. Por sorte, todos já haviam chegado ao trabalho momentos antes da queda. Cerca de 15 metros de calçadas foram cobertos pelos destroços da marquise, que havia passado por uma reforma há três meses, para a troca do luminoso que estava sobre a mesma. Para o sub-chefe da Defesa Civil, a estrutura era inadequada. ?A marquise estava fixada numa parede frágil de tijolos. Não tinha uma coluna de sustentação e capacidade para suportar tamanho peso?, disse Pereira.
No projeto, funcionários da Defesa Civil, auxiliados por alunos e professores da UEM, vão avaliar estrutura por estrutura as marquises da cidade, notificando Prefeitura, Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea) e os proprietários dos imóveis sobre possíveis irregularidades. ?As marquises são estruturas que têm a finalidade de proteção. Servem para proteger da chuva ou do sol. As pessoas que transitam por Maringá não podem ficar reféns do descaso?, concluiu Jair Pereira.