Foto: Ricardo Lopes/PMM |
Obra de recuperação do passivo ambiental foi entregue ontem. continua após a publicidade |
Depois de 34 anos de funcionamento irregular, Maringá não tem mais um lixão. O prefeito Sílvio Barros entregou ontem a obra de recuperação do passivo ambiental, primeiro passo para que a cidade atenda às exigências do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) determinado pelo Instituto Ambiental do Paraná e Secretaria Estadual de Meio Ambiente ao Município.
A obra, que durou seis meses, teve caráter emergencial para amenizar o problema do lixão, que há anos ameaçava pessoas e meio ambiente com montanhas de lixo a céu aberto, uma lagoa de chorume prestes a romper e centenas de catadores praticamente vivendo no lixo. O secretário municipal do Meio Ambiente e Agricultura, José Croce Filho, destacou que os problemas encontrados no lixão eram muito sérios, mas que em seis meses a área foi totalmente recuperada.
Sílvio Barros destacou o cumprimento por parte do município das determinações dos órgãos ambientais e salientou que o ritmo de obras que marcou esses seis meses de recuperação do passivo será mantido nos próximos doze meses para que Maringá tenha um aterro sanitário de acordo com as especificações ambientais. ?Saímos da fase crítica, não temos mais um lixão. Agora, nos próximos 12 meses, temos de adequar o aterro às demais exigências do TAC, como a captação de gases, melhoria do sistema de drenagem e das lagoas de tratamento de chorume, para que devolvamos ao córrego uma água com níveis mínimos de contaminação?, contou. A Prefeitura também acredita ter resolvido o problema dos catadores que viviam no lixão com a criação de cooperativas de recicláveis. Segundo a Prefeitura, o programa ReciclAção triplicou o volume de material coletado.
Para o prefeito, a obra é um marco histórico para o município e promete mudar diretamente a vida da cidade em, ao menos, três pontos: ?primeiro é a questão da auto-estima do maringaense, pois era uma vergonha uma cidade da importância de Maringá ter um lixão a céu aberto. Depois, há a questão de nos tornarmos capazes de dar a destinação correta a todos os tipos de resíduos, sem a necessidade de mandar a Curitiba. E também mostra o nosso comprometimento com a questão do lixo, ao mesmo tempo que estimula uma maior participação da população e das empresas da cidade a dar o destino correto a seu lixo, estamos dividindo a responsabilidade?, disse.