Por R$ 30 a hora, é possível se alugar um marido. O que ele faz? ?A maior parte dos serviços são aqueles que as esposas não têm condições de fazer e os maridos não têm habilidade ou ferramentas apropriadas?, explica Djair Trindade. Há um ano e meio, ele trabalha fazendo consertos em geral, sob essa marca: ?marido de aluguel?. Até hoje, já atendeu mais de 2,5 mil clientes.
?São todas esposas?, diz Djair, com muito bom humor em relação à nova profissão. Durante mais de 20 anos, ele conta que foi gerente-geral de uma rede de hotéis. ?Apesar de trabalhar na hotelaria, sempre tive muita habilidade para fazer consertos. Os amigos, parentes, sempre me chamavam para fazer alguns serviços, mas eu não cobrava. Então, depois de um tempo, resolvi que não iria mais fazer de graça. Comecei a cobrar, larguei a hotelaria e virei marido?, conta.
Os consertos vão desde chuveiros, portas, armários, computadores até ?campainha que não funciona, cortina que vive caindo e o que mais precisar?, como apresenta o cartão de visita de Djair. A cada nova casa, a cada ?nova esposa?, novos serviços e novas referências. ?Eu chego já me apresentando como marido, sempre com bom humor. Eu adoro o que faço. Adoro ser marido de aluguel. Compensou mudar de profissão, não apenas pelo salário, mas principalmente pela qualidade de vida que hoje tenho?, comenta.
Separado, com cinco filhos, apesar de deixar claro que é marido de aluguel e que faz apenas consertos, literalmente, Djair conta que devido ao ?apelido? já recebeu propostas ?indecentes?. ?Já cantaram um monte este marido aqui, mas, enquanto estou com este uniforme, não dou chance, não?, diz ele rindo.
Cliente
Ontem, a ?esposa? de Djair era a agente de viagem Ana Carla Gomes. Com o mesmo bom humor, ela brincou com a contratação do ?marido de aluguel? para consertar o aquecedor. ?Uma amiga minha, que tinha visto alguma propaganda do ?marido?, me sugeriu. É claro que na hora fizemos piadas. No entanto, esta foi a primeira vez que contratei os serviços do Djair, mas certamente ele vai virar marido fixo?, brinca Ana.