Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, que é amanhã, vários movimentos se reuniram para fazer uma grande caminhada, ontem pela manhã, em Curitiba. O evento fez parte da Marcha Mundial da Mulher (MMM), que está ocorrendo em cerca de 50 países até o dia 18.
A ideia é lembrar dos diversos problemas aos quais as mulheres são submetidas, como a violência, o salário menor do que o dos homens, a dificuldade de acesso à creches para os filhos, entre outros. Com camisetas de cor lilás – que era a cor dos guarda-pós das operárias há 100 anos, quando iniciou a comemoração no dia 8 de março -, o grupo saiu da Praça Santos Andrade, no centro, e foi até a Boca Maldita.
“É um ato de comemoração de todos os movimentos e de reivindicação das nossas lutas”, observa Regina Cruz, da Secretaria das Mulheres da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Paraná e da Marcha Mundial das Mulheres (MMM). Para ela, o problema mais sério a ser enfrentado é a violência contra a mulher. “Por mais que tenha sido criada a Lei Maria da Penha, a situação ainda é difícil e a luta contra isso precisa ser intensificada. A cada 15 segundos uma mulher é agredida no Brasil”, afirma Regina.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) e uma das representantes da MMM, Marlei Fernandes de Carvalho, acredita que a violência contra a mulher ainda é um dos pontos que precisa de mais atenção. Porém, ela acredita que todas as políticas públicas estão relacionadas e, sendo assim, um problema leva a outro. “Muitas mulheres sofrem agressões, e muitas também se submetem a viver com determinada pessoa por conta das dificuldades financeiras. Então aí temos a questão econômica junto com a violência”, lembrou Marlei. Para ela, uma das maneiras mais efetivas de demonstrar a insatisfação é ir às ruas. “Nós temos que gritar. Se não expressarmos o que sentimos não haverá transformação na sociedade”, alerta.
Show
Amanhã, o show Faces de Mulher vai ocorrer no Guairinha, às 20h. Na ocasião, as cantoras Janaina Fellini, Raquel Santanna, Simone Magalhães, Clarice Mendes, Maria Isabel Corrêa e Zezé Chagas apresentarão o trajeto feminino ao longo das transformações e da consolidação de sua presença na música paranaense e brasileira. Além da música, o público também poderá conferir as esculturas da artista plástica Graciela Scandurra, que farão parte do local. O valor do ingresso é de R$ 5 (estudantes) e R$ 10 (público geral).