Neste segundo dia de marcha do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) por municípios da região sudoeste do Estado, o grupo que participa do movimento deve seguir para a cidade de São João.
Iniciada ontem, a marcha saiu dos municípios de São Jorge do Oeste e de Capanema e segue até o próximo dia 30, quando os trabalhadores devem chegar a Francisco Beltrão.
A marcha protesta contra a prisão de quatro membros do MST em Francisco Beltrão, ocorrida em junho, depois da ocupação da Fazenda Araçá, em Marmeleiro. O protesto também pretende denunciar a criminalização dos movimentos sociais e cobrar agilidade na reforma agrária.
De acordo com o integrante do MST Denis da Silva, assentado em São Miguel do Iguaçu, o objetivo do movimento não é apenas passar pelos municípios, mas parar para conversar com as pessoas e demonstrar a importância do ato.
?Estamos fazendo palestras e tentando mostrar à população os benefícios da reforma agrária, além dos problemas acarretados pela crescente violência no campo?, afirma. Por isso, os cerca de 200 trabalhadores que saíram ontem de Capanema devem permanecer hoje no município de Planalto para continuar o trabalho de divulgação. ?Vamos conversar com representantes da igreja local e de sindicatos?, conta Silva.
Amanhã, os sem terra devem seguir para o município de Pérola do Oeste, a 16 quilômetros de Planalto. Até agora, a marcha teve boa recepção dos habitantes das cidades por onde passou, na avaliação de um dos coordenadores da marcha e assentado em Cascavel, Oiti Sinkler. ?Recebemos grande apoio moral de moradores e motoristas, que têm sido solidários a nossa causa.?