Os aproximadamente 50 representantes de professores e servidores de todo o Paraná que partiram a pé de Ponta Grossa, na sexta-feira, com destino a Curitiba, realizam hoje, às 8h, um ato em frente ao monumento Antônio Tavares, na divisa entre Campo Largo e Curitiba. Embora o objetivo da marcha seja o de sensibilizar o governo para que atenda as suas propostas para a área de educação, o ato de protesto será uma forma de apoio aos trabalhadores rurais.
Segundo o professor Avanir Mastey, secretário de Finanças do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Paraná (APP-Sindicato), o evento é um ato de solidariedade com a luta dos trabalhadores do campo e lembra os cinco anos da morte do trabalhador rural sem terra Antônio Tavares Pereira, ocorrida em confronto com a polícia em 2 de maio de 2000. ?A luta é coletiva. Os movimentos sociais precisam estar unidos. Nada mais justo que sejamos solidários, pois uma sociedade mais justa passa pela reforma agrária?, afirma.
Defesa da educação
A APP-Sindicato realizou ontem, na Boca Maldita, em Curitiba, o lançamento oficial da Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública. Durante a manhã, sindicalistas permaneceram no local coletando assinaturas da população em favor da pauta de reivindicações da categoria. A principal luta é pela implantação de um Plano de Carreira para os funcionários da educação. ?Os professores paranaenses conquistaram um plano em março do ano passado. Agora, queremos que o mesmo aconteça com os funcionários da educação no Estado?, disse a secretária de Assuntos Educacionais da APP, Marlei Fernandes.
Os professores também pedem reposição salarial de 48,08% – o que iria equiparar o salário inicial dos professores que cumprem 40 horas semanais (R$ 1.030,00) ao salário inicial de outros servidores estaduais (R$ 1.515,00) – e conversão de parte da dívida externa, que é de cerca de R$ 545 bilhões, em financiamento da educação pública.
Paralisação
Amanhã, professores de todo País devem promover um dia de paralisação de suas atividades. Integrantes de comitivas oriundas de diversos estados devem ser recebidos em Brasília (DF) por representantes do governo federal. Em Curitiba, está prevista a chegada de um grupo de professores que está vindo a pé da cidade de Ponta Grossa. Pela manhã, será realizada uma marcha da Praça Santos Andrade até o Palácio Iguaçu, no Centro Cívico.