Mão de obra é o desafio das construtoras

A falta de mão de obra é um dos maiores desafios enfrentados pela indústria da construção civil. Em função do sucesso do Mega Feirão organizado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR) no último sábado, um novo evento similar já está sendo planejado para o segundo semestre. Mais de 14 mil pessoas compareceram ao Cietep para se candidatar às 5 mil vagas de trabalho ofertadas nas áreas operacional, administrativa e de engenharia, com salários entre R$ 800 e R$ 7 mil. Todos com carteira assinada e benefícios.

“Acredito que todas as construtoras participantes vão preencher a maioria das vagas em aberto, além de terem cadastrado milhares de currículos”, diz o diretor executivo do Sinduscon-PR, João Guido Campelo. Apesar da grande procura por parte dos trabalhadores, ele afirma que este tipo de ação ajuda, mas não supre a demanda de vagas. “Tivemos apenas 20 construtoras participando dentro de um universo de 800 cadastradas no nosso quadro. Essas devem ter seus quadros preenchidos, mas as restantes ainda estão procurando profissionais. A necessidade de mão de obra é constante”, avalia.

Janaína Assunção, consultora de recursos humanos da construtora Cyrela Paraná, que participou do evento, concorda: “apesar de termos cadastrados cerca de 1.300 currículos, a rotatividade é alta e sempre estamos procurando profissionais para preencher nossas vagas”. A empresa abriu 60 vagas para a área operacional e cinco para o setor administrativo. “Ainda estamos avaliando os currículos cadastrados para ver se encaixam com o perfil das vagas. Mas sentimos falta de profissionais qualificados, principalmente para o setor administrativo. Também tivemos pouca procura por parte de engenheiros, arquitetos e estagiários”, cita.