Os manifestantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sismuc), CUT e servidores da saúde permanecem acampados em frente à prefeitura de Curitiba desde o dia 1° de dezembro, apesar de uma liminar expedida na última sexta-feira (23) pedindo a desocupação da área. Representantes jurídicos do Sismuc alegam que não receberam documento algum e por isso vão continuar no local.
A prefeitura de Curitiba, através da assessoria de imprensa, comunicou nesta terça-feira (27) que, em decisão liminar, a juíza de direito substituta Carolina Delduque Sennes Basso, do Plantão Judiciário do Foro Central, determinou que os manifestantes desmontassem qualquer construção ou estrutura em torno dos prédios municipais e desocupassem o local. O mandado teria sido entregue aos grevistas na sexta-feira (23) à noite e, portanto, eles estariam em desacordo com a lei.
No entanto, segundo a assessora jurídica do Sismuc, Irene Rodrigues, ninguém recebeu notificação oficial ainda. “Nenhum diretor ou advogado do Sismuc recebeu qualquer comunicado judicial com ordem de desocupação. Não estamos sabendo de nada e todas as informações que nos chegaram até agora foram através da imprensa. Vamos permanecer aqui enquanto não recebermos um documento oficial determinando a saída”, explicou.
De acordo com a nota da prefeitura, foi fixada uma multa diária de R$ 10 mil para cada dia de descumprimento da liminar.
Os servidores entraram em greve, no início do mês, para reivindicar uma mudança na jornada de trabalho, de 40 para 30 horas semanais em cinco cargos na área da saúde. A medida beneficiaria 5,8 mil servidores da Secretaria Municipal da Saúde.