Na tarde desta quinta-feira (30), cerca de mil pessoas se dirigiram à Praça Nossa Senhora de Salette, pela Avenida Cândido de Abreu, em um ato de apoio aos professores por conta da violência sofrida pela classe na quarta-feira (29). A manifestação é formada por grupos estudantis e movimentos civis, que se organizaram pelas redes sociais e tinha mais de 20 mil pessoas confirmadas.
Quando os manifestantes chegaram à Assembleia Legislativa (Alep), parte dos manifestantes tentou entrar na Casa. Eles foram barrados pela segurança do local e policiais militares. Após a concentração em frente à Alep, o grupo foi para o Palácio Iguaçu. A tropa de choque foi chamada para conter os ânimos.
Manifestantes tentam invadir a Alep. Foto: Aliocha Maurício. |
Eles permanecem, em frente ao Palácio, onde hastearam uma bandeira preta no lugar da bandeira do Paraná, simobilzando luto. Os manifestantes pedem o veto da votação feita nesta quarta-feira na Alep, enquanto a guerra acontecia na rua. “Nosso ato, de estudantes, é de total apoio aos professores. Porque todos nós já precisamos um dia dos professores, inclusive policiais e o nosso ilustre governador. Queremos o veto da votação, que ela seja desconsiderada, e não vamos desistir”, explicou Valnei, um dos representantes do movimento.
Ajuda
Parte dos manifestantes estava concentrada na Boca Maldita, no Centro, e caminhou pelo Centro até chegar na Praça Nossa Senhora de Salette. Os manifestantes se encontraram com outro grupo, de cerca de 150 pessoas, que os esperava em frente ao Banco Central, na Avenida Cândido de Abreu.
Para Bruna Lima, de 20 anos, estudante de terapia ocupacional na Universidade Federal do Paraná (UFPR), o que aconteceu na quarta-feira foi um exagero por parte do aparato policial e do governador Beto Richa. “Depois do que aconteceu, a gente está aqui para ajudar os professores. Ele sempre ajudam a gente. Não é justo que algo tão brutal assim fique impune. As coisas precisam mudar”, disse.
Manifestantes contidos pelos policiais do choque na entrada e saída de carros do Palácio do Iguaçu. Foto: Leilane Benneta. |
Ameaça
Um policial militar que estava dentro da Alep ameaçou “quebrar a cara” de um dos manifestantes, que estava do outro lado da grade. Os dois discutiram e o oficial, que seria um policial do serviço reservado, de acordo com testemunhas, por pouco não partiu para luta corporal com o homem. Apesar da ameaça, nenhum ato de violência foi registrado.
Veja o vídeo:
Professores
Integrantes do APP-Sindicato, que representa os professores, se concentram na Praça 19 de Dezembro, também no Centro Cívico, para uma reunião que deve definir as diretrizes para um novo protesto na sexta-feira (1°). De acordo com a APP, o ato está marcado para às 10h.
Os professores devem sair da Praça 19 de Dezembro e seguir até a Praça Nossa Senhora de Salette. Em frente ao Palácio Iguaçu, os professores devem se reunir e montar um mosaico com materiais educativos, como cadernos, livros e objetos usados em sala de aula.