Dia Nacional de Paralisação

Manifestantes protestam contra lei da terceirização em Curitiba

A quarta-feira (15) foi marcada por manifestações contra o projeto de lei da terceirização em vários pontos de Curitiba. Trabalhadores ligados ao Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba e representados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) chegaram a fechar as rodovias BR-277, BR-376 e Rodovia do Xisto, por cerca de duas horas.

Os protestos começaram por volta das 7h, em frente às fábricas da Volvo, Bosch, Case New Holland (CNH), Volkswagen, Brose, Renault e WHB. Para garantir que nenhum veículo passasse, os trabalhadores fecharam rodovias e as marginais que dão acesso às empresas. O trânsito ficou complicado em praticamente todos os pontos, como o Contorno Leste e Contorno Sul.

No começo da tarde, os trabalhadores se reuniram na Praça Santos Andrade, no centro de Curitiba, em novo ato de repúdio à Lei da Terceirização. Em caminhada, os manifestantes seguiram pela Rua XV de Novembro, até a Boca Maldita. Às 14h será inaugurado um painel que mostra o voto dos  deputados federais do estado na sessão plenária que aprovou o texto base do projeto, no último dia 08 de abril, na Câmara Federal. Estes painéis ficarão expostos em locais públicos por várias cidades do Paraná.

Manifestantes se reuniram em frente ao prédio histórico da UFPR. Foto: Aliocha Maurício.

Dia contra a terceirização!

As manifestações desta quarta foram chamadas de “Dia Nacional de Paralisação”. O protesto nacional foi convocado pela CUT em 24 capitais, com a participação de movimentos populares e do campo.

O motivo é mostrar às pessoas que, com a aprovação do projeto de lei 4330 (PL 4330), o trabalhador que hoje é contratado por uma empresa poderá ser demitido, para que um terceirizado seja contratado. A nova forma de empregar funcionários vai acarretar em diminuição de salários, direitos e aumento da jornada de trabalho, de acordo com a CUT.

Para a CUT, o projeto não vai trazer benefícios nem para a economia brasileira, nem para os trabalhadores. Já os defensores do projeto dizem que haverá mais segurança jurídica para as empresas contratarem e também maior proteção social aos terceirizados. 

Foto: Aliocha Maurício.

https://www.youtube.com/watch?v=aC72rU1uxNw

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