Veranistas, moradores e comerciantes de Matinhos, no litoral, se reúnem novamente nesta sexta-feira (16) para protestar contra a demora na realização da obra de engorda da praia.
Os manifestantes realizam o ato a partir das 18h30, em frente ao SESC Caiobá, aproveitando a presença do governador Beto Richa (PSDB) e de outras autoridades no evento de inauguração do estabelecimento. A expectativa do grupo é de que entre 100 e 200 pessoas participem do ato.
Após a divulgação da informação que o governo estadual já liberou a verba para a elaboração do projeto executivo, noticiada pelo Parana-Online, no dia 17 de novembro, eles pedem urgência na realização do estudo e também da obra em si.
“Vamos com faixas, camisetas e carro de som para cobrar pressa na elaboração desse projeto. Apesar de a verba já ter sido liberada, já vimos acontecer situação semelhante antes, quando um investimento que seria destinado à obra foi “perdido” devido à demora”, explica a professora Márcia Espíndola, proprietária de um apartamento de veraneio na cidade.
O valor da verba liberada pelo governador para a execução do projeto executivo é de R$ 1,2 milhão. O estudo deve ser elaborado pelo Instituto de Águas do Paraná (Águas Paraná), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), e deve compreender 6,5 quilômetros da orla de Matinhos, localizados entre o Morro do Boi e o Balneário Flórida.
Anteriormente, o governo federal tinha se comprometido a liberar uma verba de R$ 12,1 milhões, proveniente do Programa de Aceleração do Crescimento 1 (PAC 1), mas o deputado Mauro Moraes (PSDB), representando Richa, confirmou que o recurso não está mais disponível.
Para o presidente do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes e Similares do Litoral do Paraná (Sindilitoral), José Carlos Chicarelli, a obra pode proporcionar mais desenvolvimento à região e ao município de Matinhos como um todo.
“Todo mundo achava que esse projeto já estava pronto, ainda mais porque todo mundo acreditava que Beto (Richa) iria resolver o problema. Gostaria que o governo se empenhasse mais porque o comércio está enfrentando muitas dificuldades porque a região está muito degradada e já se vão pelo menos seis anos de promessas”.
Pedido antigo
Esta não é a primeira vez que a população local se une para fazer um protesto em relação ao atraso da obra. Em novembro, os manifestantes realizaram um ato no Balneário Flamingo, chegando a distribuir cerca de mil adesivos contendo mensagens a favor da execução da intervenção na praia.
Eles acreditam que a realização da obra deveria ser considerada prioritária, pois as intensas ressacas têm prejudicado o comércio e a habitação em Matinhos por causar diminuição da areia da praia e estragos na orla. Na época, o grupo foi recebido por Moraes, que garantiu que o governo tem interesse na execução da obra.
