Uma manifestação contra a intolerância e a favor da diversidade foi realizada ontem em Curitiba por um grupo intitulado Bloco Negro, composto por estudantes, trabalhadores e participantes de movimentos sociais.
O protesto tinha como objetivo chamar a atenção sobre casos de homofobia, racismo e fascismo na cidade. O assunto ganhou repercussão após um estudante de Ciências Sociais da Universidade Federal do Paraná (UFPR) ter sido agredido por um grupo skinheads, no mês passado.
Os manifestantes entregaram ontem no Ministério Público Federal (MPF) um ofício pedindo a intervenção da Polícia Federal nesse tipo de caso. A alegação é que nazismo é crime federal e por isso teria de ser tratado nesta esfera. O grupo também reivindica que seja criado um disque-denúncia.
Ontem de manhã, o protesto saiu da Reitoria da UFPR e terminou em frente à sede do MPF. Os manifestantes, além de carregarem faixas, estavam vestidos de preto e com os rostos cobertos.
Segundo Mário Lopes da Silva Neto, do grupo Dignidade -que luta pelos direitos humanos de gays, lésbicas e transexuais -, muitos casos de homofobia não são denunciados porque as vítimas ficam com medo de represálias.
