A Secretaria Especial para Assuntos da Região Metropolitana está criando modelo de gestão para adequar as ocupações nas regiões com mananciais que abastecem Curitiba. “Deve ser criada uma gestão específica para cada bacia hidrográfica”, afirma o secretário Edson Luiz Strapasson, que antecipa a convocação das prefeituras, organizações não-governamentais e representantes da sociedade organizada para discutir a questão.

De acordo com Strapasson, o caso mais grave é o da bacia do Iraí. São 35 mil pessoas que moram em condições precárias. Sem água tratada, esgoto ou energia elétrica, os habitantes estão sujeitos às doenças endêmicas e se arriscam com ligações irregulares na rede elétrica. “O problema precisa ser enfrentado em duas frentes, porque além da questão ambiental e do fornecimento de água, há vidas em risco”, ressalta.

O secretário explica que existem ocupações regulares, resultantes dos loteamentos aprovados há três e até quatro décadas, quando a questão de preservação de mananciais não tinha a relevância que tem hoje. A Coordenação da Região Metropolitana (Comec) fez desocupações e reformulou o loteamento para estancar o crescimento demográfico, principalmente na área do Guarituba, durante a década de 80. “O problema é que o último governo não buscou solução para esta população, com a alegação de que a área era ?intocável?, diz o secretário.

Para Strapasson, a questão deve ser enfrentada sem radicalismo. A população que vive nas encostas e corre riscos maiores será retirada do local. Aqueles que não podem ser retirados, terão infra-estrutura básica de saneamento.

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