Sabe aquele mal-estar que ocorre com algumas pessoas quando utilizam algum meio de transporte? Por trás de algo aparentemente inofensivo encontra-se, na verdade, um tipo de enfermidade, conhecida como “doença de movimento”.
Quem sofre dessa moléstia apresenta sintomas de mal-estar, náuseas, vômitos, dor de cabeça, sudorese e tontura durante uma viagem. Ainda que não se trate de algo letal, a doença do movimento causa transtornos para sofre disso.
De acordo com o infectologista e especialista em Medicina do Viajante do Frischmann Aisengart/Dasa, Jaime Rocha, a doença do movimento é o termo para “tontura, mal-estar, entre outros, de quem passa mal em qualquer meio de transporte, de carro até avião”.
Ele explica porque as pessoas acabam passando mal. “É como se os olhos das pessoas tentassem acompanhar a rápida mudança de paisagem. Isso acaba gerando o incômodo. Há casos que são mais delicados, principalmente quando há muitos vômitos. É preciso utilizar medicação injetável para o paciente se recuperar”, revela Rocha.
O médico fala que existem dois grupos que são mais suscetíveis a desenvolver a doença. “Crianças e mulheres estão mais propensas. Raramente atinge os idosos. O motorista dificilmente vai sofrer disso, uma vez que sua visão está focada no horizonte, o que ajuda no processo de informação do cérebro”, diz.
Em caso de crise, Rocha dá a dica para uma recuperação mais rápida. “Se estiver de carro, pare, faça a pessoa ficar de pé e olhar para o horizonte. No ônibus, procure ficar no banco do corredor e fixar a visão no para-brisas. No avião, ande pelo corredor. Barco é mais complicado, mas fixando a visão em algum ponto, já ajuda”, informa.
Também é recomendável não ler durante a viagem; deitar ou manter os olhos fechados; sentar em local onde os estímulos sejam menores como frente do carro, meio do barco ou próximo às asas do avião; comer pouco antes da viagem; evitar refrigerantes, bebidas estimulantes ou alcoólicas; evitar fumar durante a viagem.