Já são mais de 3 mil famílias que estão ocupando um terreno de dez alqueires entre as Ruas João Dembinski e Teodoro Locker, no bairro Campo Comprido, em Curitiba. Uma decisão da 19.ª Vara Cível de Curitiba definiu pela qualificação e por determinar quantas são as pessoas que estão no local.

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A decisão foi tomada após o pedido de reintegração de posse feito pelo proprietário do terreno, um ex-sócio do grupo de engenharia CR Almeida (antigo dono da área).

Uma contestação em relação ao verdadeiro proprietário deve começar a ser formulada pelo advogado que representa as pessoas que ocuparam o terreno, Valmir Leal Griten. Ele garante que há escrituras públicas de 1994 que indicam outros proprietários do terreno, além da CR Almeida.

“Se as matrículas são verdadeiras, não se sabe. Nós vamos checar e fazer a contestação dessa decisão. O Poder Judiciário que se incumba de dizer então quem é o verdadeiro dono”, afirmou.

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Muitos dos que lá estão já ocuparam o local na década de 1990, antes de todas as família serem retiradas pelo proprietário. “É um pedaço da minha família que aqui ficou”, conta Maria Castorina Patrício da Silva, que voltou agora ao local com seus dois filhos.

Outros estão lá para fugir do aluguel, admite o advogado. “Não há como ter controle sobre quem chega”, disse. Moradores de municípios da região metropolitana também montavam acampamento, ontem, no local.

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A invasão começou no fim de semana do feriado de 7 de Setembro e logo no primeiro dia a estimativa era de que 100 pessoas teriam chegado inicialmente ao local.

O acampamento foi levantado com barracões de lona e “gatos” de luz já podem ser vistos no local. A reportagem de O Estado tentou contato com algum representante do proprietário para confirmar as informações, mas até o fechamento desta edição não conseguiu localizar um responsável.