Habitação

Mais de 5 mil famílias deixaram as margens de rios

Um diagnóstico da situação das ocupações irregulares em Curitiba elaborado em 2007 para o Plano de Regularização Fundiária em Áreas de Preservação Permanente (APPs) detectou a existência de 13.136 famílias vivendo na beira de rios, nas seis principais bacias hidrográficas de Curitiba.

A partir do estudo, a Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) iniciou um amplo programa de intervenção nas áreas irregulares, que, entre outras ações, prevê o reassentamento das famílias das faixas de proteção dos rios, com a transferência dos moradores para imóveis do programa habitacional do Município.

Desde 2009, quando foram feitas as primeiras transferências das famílias, até agora, 5.973 foram reassentadas. Deste total, a maioria – cerca de 90% – saiu da beira do rio. Apenas uma pequena parte dos reassentamentos foi motivada por outras razões, como o adensamento excessivo ou a abertura de ruas para urbanização da vila.

De acordo com o levantamento de 2007, a bacia que concentrava o maior número de domicílios na faixa de APP era o do rio Barigui, justamente a bacia que apresenta hoje o maior número de reassentamentos concretizados. Eram, no diagnóstico, 5.970. Nos últimos cinco anos, a Cohab transferiu 2.336 famílias de 25 vilas localizadas na área de abrangência da bacia do Barigui, para casas, sobrados ou apartamentos.

No Ribeirão dos Padilhas, o diagnóstico apontava 1.465 domicílios irregulares na margem do rio. Ali, os reassentamentos feitos pela Cohab alcançaram 1.108 famílias de 15 diferentes Vilas.

Na bacia do rio Iguaçu, onde haviam sido identificadas 1.259 famílias vivendo em situação de risco na faixa de APP, a Cohab contabiliza 861 reassentamentos de moradores de oito vilas.

No rio Belém, o estudo havia detectado 1.027 domicílios na beira do rio e o número de transferências de famílias de famílias soma 745, de seis Vilas. Na bacia do Atuba, eram 2.919 casas irregulares na margem do rio em 2007 e os reassentamentos concretizados em sete vilas beneficiaram 745 famílias.

Já na margem do Passaúna, o diagnóstico mostrava a existência de 496 domicílios em APP e a Cohab transferiu 349 famílias da Vila Bela Vista. Nesse caso, foi feito o reassentamento da totalidade dos moradores da área para um empreendimento realizado nas proximidades, batizados de Moradias Alto do Bela Vista do Passaúna. No lugar da ocupação, foi construída uma praça, que é a segunda maior em extensão da cidade e também foi batizada como Bela Vista.

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