Cerca de 300 mil consumidores paranaenses ficaram sem energia elétrica na tarde desta segunda-feira (19). De acordo com a Copel, os cortes seletivos de 320 MW de carga ocorreram por ordem do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Segundo a companhia, todo o estado foi atingido.

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Além da Copel, as distribuidoras CPFL e Eletropaulo, de São Paulo, e Ligth, do Rio de Janeiro, confirmaram ter recebido ordem para cortar a carga de eletricidade. Foram relatados problemas de falta de luz também no Espírito Santo, Minas Gerais e Amapá. Há possibilidade de que outros estados tenham sido afetados.

As empresas afirmaram que não sabiam os motivos para o corte de carga, que já começou a ser restabelecida em áreas de concessões atingidas. Segundo elas, o corte ocorreu em locais não prioritários, evitando hospitais e indústrias, por exemplo.

O corte seletivo de carga ocorreu dentro do denominado ERAC (Esquema Regional de Alívio de Carga), sistema de proteção coordenado pelo ONS, que determina às concessionárias de energia elétrica cortes em estágio, com o objetivo de preservar o fornecimento do sistema, informou a CPFL.

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Corte de Carga

Houve corte de 800 MW nas área de concessão da CPFL nos Estados de São Paulo e no Rio Grande do Sul, de 320 MW na área da Copel (PR), 700 MW na área da Eletropaulo (SP). A Light não pôde informar de imediato o tamanho do corte em sua área de concessão.

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O ONS não informou de imediato o motivo do pedido de corte na carga às distribuidoras e não confirma os locais atingidos, mas, por meio de sua assessoria, assegurou que há áreas no país em que o fornecimento foi interrompido. O Ministério de Minas e Energia afirmou que compete à ONS dar mais detalhes.

Consumo

Na última semana, o ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) recomendou que os consumidores reduzam seu consumo. Segundo ele, a medida seria necessária já que a energia está custando mais caro em 2015.

“Não é racionamento. Nós temos energia. Ela existe, mas é cara”, afirmou ele na última quarta-feira (14).

Na terça-feira (20), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve aprovar um aumento bilionário sobre as tarifas dos consumidores, repassando os gastos que o setor terá ao longo do ano. Esse será o primeiro de dois aumentos no custo da energia que já estão programados.